O senador Wellington Fagundes (PR) disse durante entrevista a uma rádio da capital, na manhã desta quinta-feira, que todos os partidos são bem-vindos para fortalecer a aliança que busca o enfrentamento ao governador Pedro Taques (PSDB), nas eleições de outubro deste ano. Para ele, até mesmo o grupo alternativo de oposição, formado pelo DEM, pode ser um forte aliado.Fagundes falou também sobre a renúncia de Carlos Fávaro (PSD) ao cargo de vice-governador:
“Nós não vetamos nenhum partido, não vetamos nenhum segmento social do Estado [...] Nós tivemos agora há pouco, o vice-governador renunciando à condição de vice-governador. É a primeira vez no Estado de Mato Grosso, dado exatamente às explicações que ele tem colocado, a dificuldade da relação do governador com o vice-governador, assim como esses outros partidos, lideranças expressivas como o Zeca Viana, o Pivetta, o Mauro Mendes. O próprio DEM, o senador Júlio Campos tem colocado isso de forma muito explícita que não tem como apoiar o atual governo.”
O senador, que é presidente do PR em Mato Grosso, disse que a grande maioria da população está insatisfeita com a administração do atual governo. Segundo ele, o diálogo com Fávaro existe há muito tempo em busca de um caminho consolidado para o pleito deste ano.
Wellington explicou que nas conversas entre Carlos Fávaro e o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Neurilan Fraga (PSD), foi discutida a conduta do governador no tratamento às demandas dos municípios:
“O Neurilan sempre colocou a posição que infelizmente o governo do Estado não vem atendendo também à política do municipalismo [...] O governo não tem conseguido repassar os recursos para os municípios. Voce viu no final do ano, a questão do Fundeb. O governo desviou os recursos do Fundeb, colocando a grande maioria dos municípios de Mato Grosso em condição de inadimplência.”
Diante deste cenário, e dos interesses em comum dos grupos oposicionistas, Fagundes conta que hoje existe a grande possibilidade de o PR e o PSD caminharem juntos.
O senador foi questionado ainda sobre o movimento que chamou a atenção dos congressistas nesta quarta-feira. O ato panfletário liderado pela senadora Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), para inserir o nome “Lula” ao próprio nome parlamentar, como forma de protesto contra a prisão do ex-presidente, manifesto que ganhou a adesão de vários parlamentares, inclusive do PR. Fagundes disse que vive, neste mandato, uma crise política, principalmente pela prisão de um ex-presidente e que colocar “Lula” no nome não deixa de ser uma estratégia para chamar atenção. Ele negou qualquer possibilidade de aderir ao movimento.
Wellington Fagundes é um dos nomes mais consolidados para a disputa eleitoral deste ano ao governo de Mato Grosso e, durante a entrevista, deixou claro que, de zero a dez, sua pré-disposição é de 10, para encarar o tucano e brigar pelo Palácio Paiaguás.
Bruno 12/04/2018 15:11:16
Política é mesmo essa arte de construir alianças das mais sofisticadas às mais singelas.
Luiz Trippa 12/04/2018 10:14:36
TEATRO ARMADO.... eeEeêÊÊe POVO-GADO, vão mesmo engolir essa "oposição"? HÁ-HÁ-HÁ-HÁ-HÁ-HÁ-HÁ