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Brasileiro liderava da Bolívia quadrilha que abastecia todas facções

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A quadrilha que controlava o transporte de cocaína da Bolívia para o Brasil e até a Europa, desarticulada na última quinta-feira (06) pela Polícia Federal, na Operação Grão Branco, abastecia todas as facções criminosas com cocaína, que saía da Bolívia e de Mato Grosso seguia para todo o país escondida em carretas que transportavam grãos, como soja e milho.

“Ele [líder] realizava entrega para diversas organizações, não era específico de uma facção. Era a pessoa na Bolívia e quem pagasse e comprasse a droga, ele fornecia”, revelou sobre as investigações o delegado da PF, Adair Gregório.

No Brasil, contou ainda a PF, esse líder contava com um “braço-direito” em São Paulo, um grande parceiro que o auxiliava gerenciando a quadrilha daqui, mas como ele em nenhum momento ficava próximo da carga. Essa pessoa, que também não teve o nome divulgado, foi presa nesta operação.

Ainda na quinta-feira, a Polícia Federal prendeu no estado do Paraná todos os familiares do líder que continuaram a comandar os negócios mesmo depois da prisão do líder no final do ano passado.

O líder, que estava foragido da Justiça brasileiro há 6 anos, está preso numa penitenciária em Corumabá (MS) desde que foi expulso do país e entregue as autoridades brasileiras depois da cooperação internacional com a Polícia Boliviana (CERIAN-Centro Regional de Inteligência Antinarcóticos).

As investigações da PF apontam que da Bolívia, onde casou com uma boliviana e fixou moradia num condomínio de luxo (vídeo abaixo) em Santa Cruz de La Sierra, ele controlava toda a logística do transporte da droga que passava por Mato Grosso, era distribuída às demais regiões do país e levada até para a Europa.

Conforme os delegados da PF Adair Gregório, Sérgio Sadao Mori e Jorge Vinícius Gobira Nunes, à frente da operação, agora o líder será transferido para um presídio de segurança máxima.

Imagem: Reprodução

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