Com o tema “O combate à LGBTfobia: Direito à vida e cidadania”, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) realiza, na próxima segunda-feira (28), a partir das 9 horas, uma audiência pública por videoconferência para debater políticas públicas para combater a LGBTQIAfobia.
O debate foi requerido pelo deputado estadual Lúdio Cabral (PT) em parceria com a Organização da Parada da Diversidade Sexual em Mato Grosso e diversas entidades do movimento LGBTQIA+ no estado. A transmissão será feita pela página www.facebook.com/LudioMT e pela TV Assembleia (canal 30.1).
“O Brasil é o país que mais mata pessoas LGBT no mundo, o que mostra o quanto ainda precisamos de políticas públicas para defender o direito das pessoas LGBT. Por isso é tão urgente a mobilização para lutar por cidadania e por direitos. A homofobia é crime. Os direitos das pessoas LGBT precisam ser respeitados e têm que se materializar em políticas públicas. Acesso à saúde com equidade, acesso acolhedor à educação, oportunidade de trabalho e renda digna, direito à livre expressão da sua identidade, direito à segurança e à vida”, afirmou Lúdio Cabral.
A audiência faz parte das comemorações do Dia Internacional do Orgulho LGBT+. Essa data faz referência à Rebelião de Stonewall, uma série de manifestações ocorridas em Nova York contra uma invasão da polícia ao bar Stonewall no dia 28 de junho de 1969, um ponto marcante do movimento LGBT como conhecemos hoje e que colaborou com a formação política do movimento.
“Na audiência pública, vamos discutir e debater questões relacionadas aos direitos humanos da população LGBTQIA+. Esse é um momento que tentam silenciar a nossa população, retirar nossa cidadania. Portanto é importante dizer: nós existimos, nós estamos resistindo e nós exigimos respeito. Direitos humanos só são direitos se forem para todos”, afirmou Clovis Arantes, membro da Organização da Parada da Diversidade e um dos palestrantes da audiência.
A coordenadora do Coletivo Negro Universitário (CNU/UFMT), Lupita Amorim, que também será palestrante, destacou a necessidade de as discussões gerarem políticas públicas efetivas.
“É positivo estarmos nesse espaço e termos esse diálogo sobre nossas vivências plurais enquanto LGBTs. Porém, na prática, temos muito a avançar ainda para que haja políticas públicas efetivas que cheguem até nós. O fato de estarmos dialogando no mês de junho na Assembleia Legislativa é fruto da luta e das reivindicações do movimento LGBT, outros movimentos sociais e entidades aliadas. Mas esse debate não deve acontecer só no mês de junho, porque nós existimos todos os meses do ano”, disse.
Também farão exposições na audiência a professora Bruna Irineu, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT); Josiane Marconi, da ONG Mães pela diversidade; Daniella Veyga, da coordenação-geral da Para da Diversidade de Cuiabá; Benjamin Neves, do Instituto Brasileiro de Trans Masculinidade; Nelson Freitas Neto, da Comissão Diversidade da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); e Dê Silva, do Conselho Nacional Popular LGBTQI+.
Imagem: Marcus Mesquita
ALMT
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