O primeiro secretário da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), afirmou que é preciso o Estado reconhecer e planejar a reposição das perdas inflacionárias sofridas pelos servidores públicos, em razão do não pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) nos últimos anos.
De volta ao Parlamento após um mês afastado em razão de uma cirurgia, o deputado disse que a ampliação do índice a ser pago em 2022 – que passou de 5,05% para 6,05% – é importante, mas que é preciso cobrar o valor defasado.
“É importante reconhecer que os servidores estão ficando com uma perda e que em um determinado momento isso vai ter que ser reposto”, disse.
“Talvez ano que vem a gente ganhe mais um pouco, quando o Estado estiver melhor, ou 2023, mas tem que reconhecer que há uma perda ficando”, acrescentou.
Recentemente, os servidores públicos apontaram 22% de perdas salariais dos últimos anos, índice já foi apontado pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) como impossível de ser quitado.
Botelho disse que tem feito a cobrança ao Estado, mas que cabe também aos sindicatos fazerem a sua parte. Ele frisou, porém, que o momento de cobrar não é agora, uma vez que o Estado já indicou não ter condições de pagar.
“Agora, à medida que for melhorando essa condição, evidentemente que o ganho também dos servidores tem que ser melhorado. Tem dois anos que os servidores estão com perdas, então tem que haver esse reconhecimento”, afirmou.
“Eu tenho feito já [a cobrança], mas primeiro tem que partir do sindicato. Os sindicalistas têm que entender que o momento não é de cobrar para que pague agora. Neste momento, não tem condições”, completou.
RGA 2022
Nessa segunda-feira (13), a deputada Janaina Riva (MDB) afirmou que o percentual da RGA a ser paga aos servidores em 2022 pode ultrapassar os 6,05% já acordados com o Governo do Estado.
É o que teria, segundo ela, insinuado o próprio governador Mauro Mendes (DEM) em reunião com parlamentares da base.
“O próprio governador deu a entender que pode ser mais do que isso. Pode chegar a 7%”, afirmou.
Fablicio Rodrigues/ALMT
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