O ex-vereador de Terra Nova do Norte (670 km de Cuiabá) Aldo Lopes de Carvalho foi condenado, na sexta-feira (22), a 12 anos de prisão pelo assassinato de Juarez Goulart, 51 anos, ocorrido em agosto do ano passado. Juarez teve a casa invadida, em Colíder (650 km de Cuiabá) e levou quatro tiros de pistola .380. Aldo foi condenado a cumprir pena em regime fechado por homicídio qualificado, cometido por motivo torpe.
O júri também condenou a seis anos de prisão Cristiana Matias Barbosa, que intermediou a contratação dos executores. Ela foi enquadrada no crime de homicídio simples e vai cumprir a pena em regime semiaberto.
Bruno Nicola Fernandes, que atirou em Juarez, pegou a pena mais alta, 18 anos de cadeia, em regime fechado, por homicídio duplamente qualificado, mediante promessa de recompensa e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Já Wagner Nunes de Souza, que deu apoio ao assassinato, aguardando Bruno em uma motocicleta, foi julgado por homicídio qualificado, cometido mediante promessa de recompensa, e condenado a 13 anos de cadeia, também em regime fechado.
Dos quatro, apenas Cristiana poderá recorrer em liberdade. Os outros três seguirão na cadeia.
As investigações apontam que o ex-vereador encomendou o crime por não aceitar o fim do casamento de 30 anos com Cristiana, que mantinha um relacionamento com a vítima. O crime teve, assim, motivação passional e, diante disso, o delegado Eugênio Rudy, que comandou as investigações, pediu a prisão, busca e apreensão contra os quatro envolvidos.
A companheira de Juarez (ex-esposa de Aldo), de 48 anos, estava no local do crime, não foi atingida pelas balas e ainda tentou correr atrás do atirador.
As investigações apontaram que o ex-vereador repassou R$ 20 mil para Cristiana, que intermediou o assassinato, contratando os matadores, que teriam recebido R$ 10 mil para a execução do crime.