Um caso de Mato Grosso ganhou repercussão nacional, neste domingo (25), após uma influencer atropelar uma criança de 6 anos, que teve traumatismo craniano. O caso foi parar no Fantástico, programa da Rede Globo.
Segundo as informações, o garoto Hyan Patrick deu entrada no HMC (Hospital Municipal de Cuiabá) com ferimentos graves. Na última sexta-feira, após 16 dias de internação, ele recebeu alta.
A jovem que pilotava a moto tinha 14 mil seguidores no perfil em que publicava vídeos empinando motos sem capacete e até mesmo na contramão de uma estrada.
A mãe da criança, em depoimento, admitiu que sabia que a filha adolescente andava de moto. Contudo, não tinha conhecimento de que ela fazia manobras perigosas, nem que postava vídeos nas redes sociais.
Menor a partir dos 16 anos tem permissão apenas para pilotar motos de até 50 cilindradas. Mas é fácil encontrar na internet adolescentes se exibindo em motos mais potentes.
Entre os vídeos, chamam a atenção os de uma menina de 7 anos. Segundo a mãe, aos 3 anos, a menina ganhou uma moto elétrica. Depois, aos 5, começou a participar de competições oficiais de arrancadas e de motocross para crianças.
“Pouco importa se é estrada de terra, que seja na fazenda. Não pode, de jeito nenhum”, diz Luiz Miguel Miranda, do Núcleo de Estudos de Logística e Transporte da UFMT.
Na terça-feira passada, o Senado aprovou um projeto para proibir a repetição de casos como os da reportagem. O Código de Trânsito deve considerar infração gravíssima o ato de divulgar, publicar ou disseminar imagens de infrações que coloquem em risco a própria segurança e de terceiros.
Pela proposta, vídeos e fotos desse tipo não podem ser exibidos em redes sociais ou quaisquer outros meios de divulgação digitais, eletrônicos ou impressos.