Ainda falta um ano para as eleições ao Palácio Paiaguás, mas as articulações pela sucessão do governador Mauro Mendes (DEM) estão cada vez mais intensas. Na oposição, um dos nomes debatidos é do ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB), que hoje preside o Instituto Pensar Agropecuária (IPA) e já fala como pré-candidato, mesmo ponderando que não tem agido para construir uma candidatura.
Os sinais mais evidentes do projeto para 2022 foram demonstrados quando foi provocado a avaliar o desempenho de Mauro à frente do Governo. Entre as justificativas para não explicitar suas opiniões, avalia que tal avaliação deve ser feita pela população. “Segundo, se eu falar os defeitos dele agora, como é que eu vou fazer a minha estratégia lá na frente?”, questionou, durante conversa com a imprensa, na inauguração de uma indústria produtora de etanol de milho em Sorriso, nesta quinta-feira (28), que contou com a presença da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina.
Ainda sobre a disputa, Leitão afirma que está impressionado com a quantidade de pessoas buscando uma alternativa para o Governo de Mato Grosso. “Eu ainda não fiz nada oficial, não fiz nada que pudesse construir esse projeto por enquanto”, disse.
“Na verdade, foi uma provocação feita de cima para baixo né? Lembraram meu nome. Eu fico muito feliz e orgulhoso por isso e por enquanto as coisas estão acontecendo exatamente nesses bastidores. Alguns que gostaram da informação e da novidade vão levando para frente, outros que não gostaram não levam e aí nós vamos construindo”, completou.
Leitão explicou que uma eventual candidatura depende de algumas definições, que passam, por exemplo, pelo seu partido. O ex-deputado tem grande afinidade com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas o PSDB realiza prévias para definir quem será o candidato à Presidência da República em 2022. Além disso, a sigla está na base de Mauro e não descarta a possibilidade de abrir mão de uma candidatura própria para apenas estar no palanque do governador, em eventual candidatura à reeleição. Tais fatores aumentam as chances de o político se filiar a outra sigla.