Marido de vereadora e mulher de vereador estão no Governo Mauro
Os dois querem a cassação do prefeito afastado Emanuel, desafeto do governador, por contratar servidores "apadrinhados"
Em meio à guerra política travada no Palácio Alencastro, novas contradições reforçam o coro de aliados do prefeito afastado, Emanuel Pinheiro (MDB), sobre “interferências políticas” na operação do Ministério Público Estadual – MPE e da Polícia Civil que tiraram, temporariamente, o gestor reeleito do cargo.
Segundo levantamento, que segue analisando portais de transparências e denúncias de mais casos, pelo menos dois vereadores fizeram indicações políticas para cargos de confiança da atual gestão estadual, exatamente a mesma prática que se investiga o prefeito afastado de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB).
O vereador Dilemário Alencar (Podemos), “irradiante” em meio às acusações e farpas sobre contratações e indicações de servidores apadrinhados na Secretaria Municipal de Saúde, que foram a causa da saída temporária de Emanuel, tem a esposa, Leila Mares Neves Alencar, na Secretaria de Educação do Governo Mauro Mendes.
A coincidência que intriga a população cuiabana é que o parlamentar, que garante um incremento mensal familiar com os ganhos da amada (R$ 6.319,64 seis mil trezentos e dezenove reais e sessenta e quatro centavos de SALÁRIO BRUTO) , é um dos principais ativistas de uma Comissão Processante no legislativo para culminar na cassação do prefeito, desafeto público do governador que emprega a mulher de Dilemário.
A jovem vereadora, Michelly Alencar, do mesmo DEM do governador e em primeiro mandato, tem buscado na demagogia um caminho para ascender, vislumbrando voos mais altos na carreira política, quem sabe já em 2022. Ela também está no mesmo dilema de Dilemário, com o perdão do trocadilho.
O esposo da parlamentar, que recentemente se envolveu em uma confusão por não pagar os impostos do carro, é secretário-adjunto de Cultura, Esporte, e Lazer de Mato Grosso. Jefferson Neves é o imediato de Beto Dois a Um, secretário muito próximo ao governador.
Diante da exposição dos fatos, reduz-se consideravelmente a condição, tanto de Michelly quanto de Dilemário, em apontar o dedo e exigir que Emanuel seja defenestrado definitivamente da condição de prefeito por supostamente ter contratado servidores indicados por vereadores na saúde de Cuiabá.
A não ser que ambos surpreendam com alto nível de coerência e sugiram, de maneira pública, que a Assembleia Legislativa de Mato Grosso – ALMT proceda da mesma maneira, tirando da cadeira o governador, Mauro Mendes (DEM/UB), usando como caso concreto exatamente a situação de seus companheiros de vida. Para saírem ainda melhores de cena, poderiam assumir suas culpas em um haraquiri político, saindo dos seus atuais cargos.
O caso levanta a hipótese do uso da máquina pública, por parte do governador do estado, para financiar a oposição ao prefeito que se apresenta como uma das principais ameaças ao projeto de reeleição do próprio Mauro Mendes (DEM/UB), em 2022. Com a palavra, Ministério Público Estadual – MPEC, Polícia Civil e Judiciário de Mato Grosso.
Informações MINUTO MT