Da Redação
O Ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender as privatizações, e disse que o Brasil tem um “fetiche” com empresas estatais. O ministro informou que as estatais registraram lucro de R$ 135 bilhões entre janeiro e setembro deste ano.
“É um fetiche do passado que acometeu tanto o governo militar durante 20 anos, quanto os governos civis” e fez um paralelo com os Estados Unidos, a maior economia do mundo, que defende o livre mercado e não aposta em estatais.
“Qual é a força dos Estados Unidos? É uma enorme classe média emergente, muita inovação e mercado de trabalho flexível. Cadê as estatais americanas? Cadê a empresa de petróleo deles? De mineração? Cadê o correspondente da Petrobras? da Vale? Cadê esse troço lá? Não tem.”
Paulo Guedes disse que propôs ao presidente Jair Bolsonaro a criação do “Ministério do Patrimônio da União” para gerir estatais, imóveis e recebíveis do país. Atualmente, essa gestão é feita pela Secretaria de Patrimônio da União, vinculada ao Ministério da Economia.
“O Estado tem R$ 4 trilhões, R$ 1 trilhão em imóveis, R$ 1 trilhão em estatais, R$ 2 trilhões em recebíveis, uma fortuna incalculável e o povo pobre, miserável”, disse o ministro.
Guedes defendeu que parte desses valores fossem direcionados a um fundo de erradicação da pobreza. O governo já avaliou abastecer esse fundo com venda de estatais e dividendos de empresas.
“Tem um negócio chamado fundo de erradicação da pobreza, sem dinheiro, sem gasolina. Enche o tanque do fundo, vende alguns ativos aqui e enche o tanque do fundo”, defendeu.
Para o ministro, se isso se concretizar, os valores não estariam dentro do teto de gastos, regra que limita a maior parte das despesas da União à inflação do ano anterior. “Se quiser diminuir o Estado, não se aplica o teto”, concluiu.