A primeira-dama Michelle Bolsonaro se tornou alvo de preconceito religioso depois de aparecer orando nos corredores do Senado. Ela celebrava a aprovação do nome de André Mendonça, ex-advogado-geral da União, para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Um vídeo publicado nas redes sociais mostra a primeira-dama pulando de forma efusiva e recitando palavras que, de acordo com os evangélicos neopentecostais, são uma manifestação do Espírito Santo. Em seguida, Michelle abraça Mendonça e seus familiares, agradecendo a Deus pelo resultado da sabatina.
A manifestação de intolerância não passou despercebida pelo meio político. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), repudiou os ataques sofridos pela primeira-dama. “É lamentável a quantidade postagens, a partir dessa notícia, cuspindo preconceito contra a fé dos outros”, criticou. “São os mesmos que vivem reclamando de discriminação. Minha solidariedade à primeira-dama. Que ela possa manifestar sempre sua fé com liberdade.”
Mendonça teve o aval do Senado por 47 votos a 32. Sua indicação era uma promessa de campanha do presidente da República, Jair Bolsonaro.
O futuro ministro ocupará a vaga de Marco Aurélio Mello, que se aposentou em 12 de julho de 2021. Mendonça poderá ficar por 26 anos no Supremo, até 2047.