O prefeito de Rondonópolis (212 km de Cuiabá), José Carlos do Pátio, o Zé do Pátio, está prestes a deixar o seu partido, Solidariedade, para se filiar ao PSB que nacionalmente já afirmou que apoiará a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para presidente em 2022.
Zé do Pátio não esconde de ninguém a sua admiração pelo ex-presidente Lula e, inclusive, saiu na frente do próprio PT estadual e lançou em Cuiabá, uma frente suprapartidária para apoiar a candidatura de Lula.
Filiado ao Solidariedade, Pátio se vê “amarrado” para a campanha de 2022, já que o seu partido opta por uma terceira via e é contra Lula e Jair Bolsonaro (PL), acreditando que a eleição será muito polarizada por ambos.
Pátio conversa com alguns partidos e, nos bastidores, a sua ida para o PSB é certa. O PSB liderado por Carlos Siqueira chegou a ensaiar uma indicação de vice para a chapa de Lula, mas após o nome de Geraldo Alckmin ser anunciado como vice e ganhar força, o PSB recuou da indicação.
Carlos Siqueira alegou que, mesmo sem a indicação do vice, o PSB tem o compromisso com a democracia e que é preciso derrotar Bolsonaro em 2022.
“A expectativa é que exista a aliança. Não estamos condicionando o apoio a Lula, estamos quase empurrados a isso. Dentro dessa polarização, vamos apoiá-lo por compromisso com o país. O tipo de aliança depende da negociação que vamos ter com eles, o que até agora não progrediu. Em todos os lugares, continua o impasse”, explicou o presidente da sigla ao site Congresso em Foco.
Em contrapartida, o PSB pedirá apoio nas eleições regionais para deputados estaduais e federais, Governo e Senado. Zé do Pátio já começou a sua campanha pró-Lula e disse que fica como prefeito de Rondonópolis, mas, se for convocado para algum outro desafio que vá ajudar o ex-presidente, ele está pronto para encarar.
Por outro lado, o presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB), pode deixar o partido justamente por conta do apoio ao ex-presidente Lula. Max é contrário à candidatura de Lula, e em reunião nacional, foi voto vencido para que o partido não apoiasse o petista.
O fato desagradou a Max, que aguarda a janela partidária para deixar a sigla. O que tudo indica, é que o presidente do Legislativo estadual vá para o PSDB.