Da Redação
Parlamentares apoiaram a denúncia trazida pelo deputado estadual Lúdio Cabral (PT) sobre irregularidades no processo seletivo da Secretaria de Estado de Saúde, que visa contratar quase 3 mil servidores apenas por análise de currículo, sem qualquer tipo de prova. Outra irregularidade seria em relação aos salários. A SES quer pagar aos contratados valores inferiores aos servidores de carreira, promovendo assim, a ilegalidade de pessoas desempenhando as mesmas funções com salários diferentes.
“Já tínhamos feito a denúncia contra a Secretaria quando eles não deram publicidade ao processo seletivo para o Hospital Metropolitano e Hospital Regional de Rondonópolis. Somente no outro seletivo, teve 7 mil inscritos para vagas no Hospital Metropolitano. O prazo de análise de currículo são de 5 dias. A SES terá que analisar mais de 1,2 mil currículos por dia, apenas neste hospital”, apontou.
Além disso, o deputado diz que o Estado desrespeitou o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre o Governo do Estado e o Ministério Público de que enquanto a SES não realizar concurso público, deve promover processo seletivo por meio de provas e títulos e não com análise de currículo.
O deputado estadual Wilson Santos (PSDB) concordou com os apontamentos e disse que “há um flagrante desrespeito a legislação em relação a esse edital”.
A deputada Janaína Riva (MDB) e deputado Paulo Araújo (PP) desconfiam de uso da máquina pública para favorecer a campanha eleitoral do secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo (DEM), que deve sair da SES em março para se candidatar a deputado estadual.
“Fico preocupada com essa pauta para a contratação de quase 3 mil servidores em concurso público e novamente por meio de análise de currículo. É realmente preocupante que isso ocorra em ano eleitoral, quero referendar a fala dos deputados Lúdio Cabral (PT) e Paulo Araújo (PP) contrários a esse processo. É uma preocupação de todos nós deputados”, comentou a deputada Janaína Riva.
Servidor de carreira da SES, o deputado Paulo Araújo também vê com estranheza a realização do processo seletivo para contratação de um contingente de pessoas sem ao menos que seja por meio de provas.
“É estranha uma contratação grande dessa com o gestor da pasta candidato declarado e teve 3 anos para realizar concurso público e decidiu optar por um processo seletivo simplicado por meio de análise de currículo em ano eleitoral”.