O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, tomou posse do novo mandato, nesta segunda-feira (10), pela quarta vez consecutiva.
Uma cerimônia em Manágua reuniu outros ditadores ligados à esquerda latino-americana: Nicolás Maduro (Venezuela) e Miguel Díaz-Canel (Cuba). Representantes do Partido Comunista da China também estiveram na posse.
No poder desde 2007, Ortega mandou prender seus principais oponentes e concorreu à reeleição contra cinco candidatos desconhecidos, apontados como colaboradores do governo.
Desde maio de 2021, sete pré-candidatos à presidência foram detidos na Nicarágua.
Além deles, outras 32 pessoas também foram para a prisão, incluindo políticos, empresários, agricultores, estudantes e jornalistas contra o regime.
Na eleição de 8 de novembro, Ortega obteve 75% dos votos válidos. A vice em sua chapa era sua mulher, Rosario Murillo, que ele chama de “co-presidenta”.
O casal é líder da Frente Sandinista de Libertação Nacional.
A eleição, realizada em novembro, foi considerada antidemocrática pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
“Os Estados Unidos terão de mudar com relação à América Latina, porque agora há resistência e consciência de patriotismo”, discursou o nicaraguense durante a posse.