Da Redação
Autoridades do Cazaquistão informaram neste sábado (15), que o número de mortos nos protestos violentos contra o governo do país nas últimas semanas já deixaram pelo menos 225 mortos.
De acordo com Serik Shalabaev, representante da Procuradoria-Geral cazaque, dos 225 corpos recebidos nos necrotérios, 19 eram de “membros das forças de segurança ou militares”.
Na semana passada, o Ministério do Interior do Cazaquistão divulgou um balanço que apontava 164 mortes durante as manifestações.
Porta-vozes do Ministério da Saúde, por sua vez, divulgaram que mais de 2,6 mil pessoas se feriram nos protestos e foram encaminhadas a hospitais. Cerca de 70 estão em estado grave. Até o momento, mais de 12 mil manifestantes foram presos pela polícia.
Tropas da Organização do Tratado de Segurança Coletiva lideradas pelo governo da Rússia estiveram no país para ajudar a conter os protestos. A retirada gradual desses militares teve início na quinta-feira (13).
O Cazaquistão vem registrando os maiores protestos desde sua independência, em 1991. Inicialmente, os manifestantes foram às ruas para criticar o aumento no preço dos combustíveis, mas os atos cresceram, ganharam outras pautas e se voltaram contra o governo.
O presidente cazaque, Kassym-Jomart Tokayev, deu ordem para que os policiais atirassem “para matar sem aviso prévio” e classificou os participantes dos atos como “bandidos” que deveriam ser “eliminados”.
Tokayev dissolveu o próprio governo, mas não renunciou ao cargo. Ele decretou estado de emergência e impôs toque de recolher, que não foi respeitado pelos manifestantes.