A rede pública municipal de Cuiabá começará o ano letivo de 2022 na próxima segunda-feira (7) com aulas presenciais. No entanto, a Prefeitura decidiu oferecer a opção do sistema híbrido para os pais que ainda não se sentirem seguros em enviar seus filhos para a escola, devido à nova onda de casos de covid-19.
O anúncio foi feito pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), durante a entrega da reforma do Estádio Eurico Gaspar Dutra, o Dutrinha, na segunda (31).
“A escola tem a obrigação de oferecer um modelo híbrido. Então, eu pedi para à secretária Edilene Machado [Educação] para que construísse um modelo para aqueles pais, que, graças a Deus, me parecem que são mínimos, pudessem ter o direito, caso não queiram e não se sintam seguros dos seus filhos irem para as aulas presenciais”, disse.
As aulas presenciais ficaram suspensas em Mato Grosso por um ano e meio, do início da pandemia, em abril de 2020, até outubro de 2021. Com a queda de casos, o modelo híbrido – que mistura ensino presencial e on-line – começou a ser adotado no ano passado. Neste ano, com o avanço da vacinação, as prefeituras e o Estado decidiram retomar as aulas na modalidade 100% presencial.
A decisão pelo retorno das aulas presenciais acontece após a constatação de perdas significativas no processo de aprendizagem devido ao ensino remoto. Estudo realizado pelo Insper, em parceria com o Instituto Unibanco, aponta que os estudantes aprenderam apenas 17% do conteúdo de Matemática e 38% do conteúdo de Português, em relação ao que ocorreria no ensino presencial.
Emanuel aponta que a vacinação de crianças a partir de 5 anos dará ainda mais segurança para a retomada das aulas presenciais. Conforme a Secretaria Municipal de Saúde, 4.978 crianças de Cuiabá foram vacinadas com a primeira dose até a última sexta-feira (28).
O prefeito pediu aos pais que acreditem na ciência e que não tenham receio de vacinar seus filhos.
“A gente entende a preocupação dos pais, filho é tudo pra gente, mas a ciência já habilitou, os grandes especialistas, os grandes médicos, a Organização Mundial da Saúde, o Ministério da Saúde… Podemos ir com segurança, porque é a única forma de vencermos a guerra travada contra a covid-19. Nós temos que acabar com a pandemia de uma vez por todas”, concluiu.