O presidente estadual do Democratas, Fábio Garcia (DEM), defende que o governador Mauro Mendes (DEM), abra espaço em seu palanque de reeleição para o presidenciável Ciro Gomes (PDT) em Mato Grosso e ‘feche as portas’ para o ex-presidente Lula (PT) durante as eleições de outubro.
Segundo Fabinho, a aliança com PDT seria fácil, já que o vice-governador Otaviano Pivetta (sem partido) foi eleito pelo PDT. “E nós temos uma proximidade também com o deputado Alan Kardec, atual presidente do PDT. Portanto, acredito ser possível que o PDT esteja na coligação do Mauro Mendes, portanto, que haja um espaço dentro do palanque do governador Mauro Mendes para apoio ao Ciro Gomes sim”, disse Garcia nesta segunda-feira (7).
Fábio também afirmou que não veria problema em receber no palanque de Mauro outros presidenciáveis, já que outros partidos da base de apoio do governo Mauro Mendes possuem candidaturas ao Planalto. No entanto, ele sinalizou um veto ao nome do ex-presidente Lula, afirmando que a nova sigla, União Brasil – partido que surge da fusão do DEM com PSL-, deve se manter afastado da candidatura de Lula por questões ideológicas.
“Porque é um partido que vem da união de dois partidos de centro direita. O Democratas e o PSL. Portanto existe de verdade dentro do União Brasil digo no Brasil todo uma certa dificuldade de construir um apoio à candidatura do Lula”, completou.
A declaração de Fábio Garcia ocorre uma semana após o presidenciável Ciro Gomes defender uma aliança do PDT com Mauro Mendes em Mato Grosso. “A minha simpatia deriva do fato de que ele [Mauro] estar fazendo um governo correto, ajustou as contas, está investindo e é um bom amigo de longa data. Eu não constranjo amigos, mas eu espero ter um lugarzinho no palanque dele”, disse Ciro na ocasião.
Apesar das declarações de Fabinho, alguns partidos da base de apoio de Mendes têm se aproximado do arco de aliança do ex-presidente Lula, como o MDB, PSB e o PSD. Inclusive, dentro do futuro União Brasil, já existem parlamentares defendendo que nos estados a sigla libere suas lideranças para apoiarem quem quiser.
Fábio Garcia também lembrou que as negociações com outros partidos só se iniciarão após Mendes confirmar que disputará à reeleição.