Operação mira lucro financeiro de organização criminosa, apreende 23 veículos e R$ 30 mil em dinheiro
Da Redação
As investigações da Polícia Civil que resultaram na Operação Avalanche, deflagrada na manhã desta quinta-feira (17), pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (DERFVA), desvendaram uma rede criminosa responsável por crimes receptação qualificada, adulteração de sinais identificadores veiculares, uso de documentos falsos, falsidade ideológica, estelionatos e lavagem de dinheiro.
No total, foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e 27 mandados de busca e apreensão, na região metropolitana, sendo a grande maioria em estabelecimentos comerciais voltados para a venda de peças de motocicletas.
As ações resultaram na apreensão de 23 veículos, sendo 11 carros, sete motocicletas, três jet-skis e duas carretinhas, além de três armas de fogo (uma pistola 9 mm e dois revólveres), R$ mais de R$ 30 mil em dinheiro e diversas peças (novas e usadas) sem procedência confirmada, como escapamentos, rodas, pneus, motores e tanques de combustíveis.
A operação tinha como foco a investigação financeira, identificando integrantes do grupo criminoso que diante da prática de crimes, conseguem capitalizar e obter grandes quantias a custo do sofrimento das vítimas.
As investigações iniciaram em março de 2020, após uma ação em que diversos veículos foram apreendidos durante uma investigação de roubo. Nas investigações foram identificadas algumas pessoas envolvidas não só com roubo como adulteração de veículos, mas também na confecção de placas frias.
No desenrolar da investigação foi possível identificar que havia diversos comércios aliados ao grupo, atuando na venda de peças usadas sobretudo de motocicletas, roubadas e furtadas em toda região metropolitana.
A partir dessa informação, foram identificadas três células dentro da organização criminosa, a primeira delas envolvidas com roubos/furtos dos veículos, principalmente motocicletas, a segunda atuante da adulteração de placas e chassis e a terceira célula envolvida na lavagem de dinheiro oriundo do crime.
Nas investigações, foram levantadas fundadas suspeitas da origem das peças que são vendidas pelos estabelecimentos alvos de busca, sobretudo as usadas, e também em relação a questões documentais das empresas, existindo fortes indícios que algumas usaram documentos falsos para sua constituição.
O delegado titular da DERFVA, Gustavo Garcia Francisco, disse que a operação tem caráter exploratório, com o fim de coletar elementos contra o grupo criminoso e identificar outros envolvidos nas práticas criminosas. “É uma investigação complexa que demanda tempo, análise de dados, sendo apreendidos computadores, documentos que certamente trarão novos indícios da atuação da organização criminosa”, disse o delegado.