Da Redação
Por 18 votos contrários, uma abstenção e dois a favor, os vereadores rejeitaram o projeto que cria o Dia do Orgulho Hetero. A matéria foi analisada em segunda votação na sessão esta quinta-feira (10). O texto havia sido aprovado em primeira votação em dezembro do ano passado e foi cercado de muita polêmica.
Na época, o prefeito Emanuel Pinheiro já havia sinalizado que iria vetar o projeto assim que fosse encaminhado para a sanção. Ele classificou o projeto de “desproposital e inoportuno”.
Na votação de hoje, apenas o T.Coronel Paccola, autor da proposta, votou a favor e o líder do prefeito na Câmara, vereador Adevair Cabral (PTB).
No debate, o vereador Robinson Cireia (PT) pediu que os vereadores reprovassem o projeto, pois seria uma chacota nacional. Destacou ainda que homens e mulheres heteros não são perseguidos ou tem sua existência questionada por ser quem são, diferente do que acontece com os LGBTQIA+.
“Não sou eu que sou hetero que vou sofrer violência por ser quem sou. Não sou eu que sou branco que vou ser parado em blitz. Esse projeto é uma piada de mau gosto e não podemos fazer a nossa cidade ser ridicularizada”.
Paccola defendeu que o projeto em nenhum momento desmereceu alguém, mas que as pessoas refletissem sobre a desconstrução dos valores judaico-cristãos.
“Sabia que não seria aprovado, mas fiz meu dever aqui dentro. Muitos que votaram na primeira votação voltaram atrás, não por pressão de pessoas e dos seus eleitores, mas pela ditadura que se vive de uma minoria histérica e faz sobre uma maioria silenciosa se calar e o medo da pressão das redes sociais, isso faz com que cada vez menos tenha ideologia, além da capacidade que a esquerda para subverter a proposta”.