Políticas públicas promovidas por socialistas estão alcançando a destruição da família. As estatísticas da ruptura familiar, uso de drogas, divórcio, famílias monoparentais, nascimentos fora do casamento, maior delinquência e crime na prole de famílias sem pais, e abandono escolar de crianças de famílias monoparentais atestam a destruição de núcleos familiares estáveis.
Um fator que explica isso é o estado de bem-estar social. A deterioração da família coincide com sua presença e expansão.
É isto que esquerdistas e socialistas queriam e estão querendo? Eles pretendem aprovar leis que destroem a família? Ou eles se enganam, achando que suas leis ajudam as pessoas, e estão negligenciando os efeitos reais? Ou tanto a intenção e a ignorância cega atuam juntas?
Motivações são difíceis de se averiguar, pois são ocultas. Uma fonte é aquilo que a intelligentsia socialista diz. Um primeiro exemplo do pensamento socialista é o artigo “Amor e Socialismo” (de 13 de fevereiro de 2018). Ele é explícito:
O fim da família como uma unidade social e econômica formará a base do amor livre, onde as pessoas serão capazes de entra e sair de relacionamentos como quiserem e sem medo de consequências econômicas. Formará a base da igualdade entre homens e mulheres, e irá remover o imperativo estrutural dos papéis de gênero. Abrirá a sociedade para o amor como camaradagem expansiva ao invés de possessão privada.
Enquanto o estado de bem-estar social destrói a família, uma filosofia alternativa de amor livre está em ascensão para substitui-la. Lew Rockwell tem um artigo de 1998 sobre este tema, e ele remete a inovadora obra de Mises “Socialism”:
“Propostas para transformar as relações entre os sexos há muito vêm de mãos dadas com planos para a socialização dos meios de produção”, observa Mises. “O casamento deve desaparecer junto com a propriedade privada… O socialismo promete não apenas o bem-estar — riqueza para todos —, mas também a felicidade universal no amor.”
Trotsky, um notável comunista/socialista, tinha isso a dizer em 1937em seu livro A revolução traída:
A revolução tentou heroicamente destruir o velho ‘Mar familiar” estagnado, instituição arcaica, rotineira, asfixiante, no qual a mulher das classes trabalhadoras era votada aos trabalhos forçados da infância até a morte. A família, considerada como uma pequena empresa fechada, devia ser substituída, no espírito dos revolucionários, por um sistema completo de serviços sociais: maternidades, creches, jardins de infância, restaurantes, lavanderias, dispensários, hospitais, sanatórios, organizações desportivas, cinemas, teatros, etc. A absorção completa, por parte da sociedade socialista, das funções econômicas da mulher, ligando toda uma geração pela solidariedade e assistência mútua, devia levar a mulher, e portanto o casal, a uma verdadeira emancipação do jugo secular.
Isto significa que o estado controla a criação dos filhos através de instituições sociais. A família se torna uma entidade vazia.
O feminismo e a liberação das mulheres pode se aliar tanto com o capitalismo quanto com o socialismo. Na prática, muitos proponentes influentes apoiaram o socialismo bem como o fim da família tradicional.
Socialism 2019, uma conferência de socialistas radicais teve um painel anti-família:
Transgenerismo, não-conformidade de gênero e a abolição das estruturas da família tradicional foram temas de grande sucesso na Socialism 2019.
Um painel, ‘Teoria da Reprodução Social e Liberdade de Gênero’, tratou de como a estrutura da família tradicional corrobora com o capitalismo e argumentou que a resposta era simplesmente abolir as famílias.
Corrie Westing, uma autodenominada ‘ativista socialista feminista homossexual de Chicago trabalhando como uma parteira domiciliar’, argumentou que as estruturas da família tradicional davam suporte a opressão e que o movimento transgênero moderno desempenha um papel crucial para se alcançar a verdadeira ‘justiça reprodutiva’.
A conclusão necessária é que a filosofia socialista, expressada pelos intelectuais socialistas, pretende destruir a família tradicional. Quando o estado de bem-estar social causa a deterioração da família e amplia o papel do estado, longe de isso incomodar estes pensadores, eles entendem que isto os ajuda a alcançarem seu objetivo.
Michael Rozeff foi professor de Finanças na Universidade de Buffalo. Hoje está aposentado e mora em East Amherst, New York