Justiça militar condena cabo a 20 anos de prisão pela morte de tenente do Bope

Da Redação

Os juízes do Conselho de Justiça Militar, por maioria, julgaram parcialmente procedente a denúncia do Ministério Público e condenou o cabo PM Lucelio Gomes Jacinto pelo homicídio triplamente qualificado do tenente PM Carlos Henrique Paschiotto Scheifer, de 28 anos. O crime ocorreu em 13 de maio de 2017, durante uma ação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) em Matupá, devido a um crime de Novo Cangaço na região.

O cabo Lucélio foi sentenciado a uma pena de 20 anos de prisão a ser cumprida inicialmente em regime fechado. Os juízes militares entenderam que ele devia aguardar o recurso preso, mas o mandado de prisão foi suspenso pelo juiz auditor, Marcos Faleiros, por força de estar em vigor habeas corpus proferido pelo Tribunal de Justiça.

Os demais réus sargento PM Joailton Lopes de Amorim e soldado PM Werney Cavalcante Jovino foram absolvidos das acusações de assassinato doloso.

A decisão foi por três votos contrários a dois. O juiz auditor e preside a 11ª Vara de Justiça Militar havia decidido pela absolvição do cabo Lucélio por entender, em seu voto, que não havia provas de que ele teria atirado para matar ou teria confundido o tenente Scheifer com um dos bandidos, armados com fuzil. O juiz militar tenente PM Thiago Ignacio Cardoso da Silva acompanhou o voto do juiz na íntegra.

A divergência comentou com o voto da juíza militar tenente PM Thallita Kelen Fonseca Castrillon, que acatou a denúncia do Ministério Público pelo crime de homicídio triplamente qualificado, sugerindo para tanto a pena em 20 anos de reclusão. O voto dela foi acompanhado pelo juiz militar capitão BM Lucas Souza Chermont.

A decisão foi do juiz militar tenente-coronel PM Alex Fontes Meira e Silva votando pela condenação do cabo Lucelio Gomes Jacinto, mas com a pena de 18 anos de reclusão.