Pais e alunos protestam contra casos de assédio sexual em Escola Estadual
Da Redação
Pais e estudantes da Escola Estadual Plena Governador José Fragelli, que funciona dentro da Arena Pantanal vão realizar um protesto contra casos de assédio sexual ocorridos na unidade escolar, além de cobrar providências em relação aos alunos que cometeram o ato infracional. O protesto está marcado para terça-feira (29), às 17h30 e tem apoio da União Estadual dos Estudantes (UEE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes).
Em comunicado aos pais enviado na semana passada, a direção da escola assumiu que houve seis casos de importunação sexual, que foram classificados por eles como abuso moral e físico. Contudo, meninas de 13 e 14 anos foram vítimas garotos que buscavam nos órgãos sexuais das meninas sem permissão. Além de ser constrangidas como uma vítima que ouviu de um dos garotos que a queria nua em filme pornográfico.
Os pais se incomodaram com o fato da escola se preocupar mais com o caso se tornar público do que com a violência em si.
“Alguns alunos estão criando situações conflitosas sobre essa situação, incitando a violência no espaço escolar, pichando espaços da Escola ‘denegrindo a imagem da Escola’, descrevendo que a escola não está fazendo nada, postando situações no Instagram, denegrindo a imagem da escola, etc, inclusive, tem um grupo de Whats, prevendo um protesto na Escola”, escreve a direção na mensagem.
Outro ponto que chamou a atenção é que a direção da escola fala em tomar atitudes enérgicas contra os estudantes que querem protestar contra os casos de assédio sexual, mas não contra os adolescentes envolvidos no ato infracional.
“Como a Escola está tomando todas as medidas cabíveis, quando ao diálogo, orientação, apoio e ainda criando diversas parcerias para minimizar esses efeitos NÓS VAMOS ESTAR CONVIDANDO TODOS OS PAIS DESSES ALUNOS QUE ESTÃO CAUSANDO ESSES PROBLEMAS NA ESCOLA, e se provado que esses alunos estão denegrindo a imagem da Escola, a Escola tomará atitudes enérgicas. A Escola é contra qualquer tipo de assédio, mas, a Escola não tem o poder de polícia investigar e punir qualquer aluno”, assinou a direção, sem levar em conta que, em casos graves, os alunos podem ser expulsos.
Veja o comunicado: