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“STF amarra governo em pautas amazônicas”, afirma Bolsonaro

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Da Redação

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem obstruído ações do governo federal na região amazônica, em entrevista para a Rádio Liberal, do Pará, nesta segunda-feira (11). O chefe de estado comentou sobre os planos e esforços do governo federal para a Amazônia.

Na última semana, o STF julgou duas ações ligadas às pautas ambientais, tratando de um suposto desmonte de políticas públicas na gestão Bolsonaro. Na oportunidade, depois de um longo voto da relatora dos processos, a ministra Cármen Lúcia, o ex-ministro da Justiça André Mendonça pediu vista e interrompeu o julgamento das ações.

“Parte dos ministros do STF quer amarrar o governo, impedir o governo de investir em melhorias para a região”, disse Bolsonaro na entrevista à rádio paraense.

“O André Mendonça pediu vista e parou isso aí. O Supremo quer responsabilizar o governo em questões na Amazônia. Mas se esquecem que as ações competem também aos governadores.”

Bolsonaro também criticou as narrativas internacionais e da oposição sobre um suposto descontrole do desmatamento na região.

“O satélite mostra o foco de calor, na Amazônia, por exemplo. Mas não se sabe a quem pertence. Por isso estamos em busca da regularização fundiária. A esquerda não quis, o presidente da Câmara também não tinha interesse. Tem áreas na Amazônia que o próprio ribeirinho, o próprio indígena, toca fogo para a sua produção agrícola. Mas o satélite aponta focos incêndio”, afirmou.

“Não podemos dizer que não existem incêndios criminosos. Existem, sim. Mas a quantidade está reverberada aí. Queremos colocar um ponto final no número exagerado de focos de incêndio. A gente passa o tempo todo sendo massacrado.”

Na entrevista, o presidente também externou o desejo de avançar com a ideia de liberar terras indígenas para produção agrícola e mineração, inspiradas em políticas de outros países.

“As pessoas são usadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem terra (MST) para invasões e outras coisas ilegais. No meu governo as invasões têm ficado abaixo de dez por ano, em outros anos eram dez por mês. A cessão de terras indígenas pode ser revertida para o bem-estar da própria família. A terra é valorizada de forma imediata e esses produtores podem ter acesso aos recursos de bancos”, comentou.

“Queremos libertar os indígenas do jugo do estado. Que eles possam investir na terra deles, a exemplo dos indígenas dos Estados Unidos e do Canadá.”

O presidente ainda criticou países rivais comerciais do Brasil, “como França e Reino Unido”, de estimular a atividade de ONGs contra ações governamentais na região. Bolsonaro citou especificamente as reservas de potássio em terras indígenas na foz do Rio Madeira, que, segundo ele, poderiam aliviar as importações de fertilizantes baseadas no mineral.

“Eles estão de olho na região amazônica, que é maior que a Europa ocidental. Temos biodiversidade, água potável e riquezas minerais. Se nós relaxarmos, se cedermos ao politicamente correto, temos tudo para perdermos a soberania na nossa Amazônia.”

 

Com informações de Revista Oeste

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