Da Redação
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso acatou solicitação feita pelo deputado estadual bolsonarista Gilberto Cattani (PL) e aprovou uma moção de repúdio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por seus recentes discursos em defesa do aborto e por ele incitar militantes do seu partido a “tirar a tranquilidade de familiares de deputados” em suas residências.
De acordo com Cattani, Lula tem promovido incitação ao discurso de ódio, além de defender abertamente o aborto e relativizar a fé dos cristãos vinculando a figura de Deus ao Partido dos Trabalhadores.
“Ele tem incitado o discurso de ódio, ameaçado as famílias brasileiras, vem incitando à perseguição de parlamentares e tentado a abolição de forma violenta o Estado Democrático de Direito”, disse o deputado na tribuna.
Após o requerimento ser colocado para discussão no plenário, os deputados estaduais Valdir Barranco e Lúdio Cabral, ambos do PT, se posicionaram contra a moção e atacaram o Governo de Jair Bolsonaro.
Já Cattani respondeu que a maioria dos problemas enfrentados na atual gestão foram criados nos últimos 20 anos, dos quais 16 deles foram de gestões petistas. Ele também recordou que diversos membros do Partido dos Trabalhadores responderam processos criminais e que muitos deles foram presos, durante os governos do PT.
“Em quatro anos não se consegue consertar problemas que foram criados há quase 20. Mas temos que lembrar que o presidente da Petrobras dos governos do PT foi preso, assim como o presidente dos Correios, do Banco do Brasil, da Eletrobrás, da Nuclebrás, da Valec, da Caixa Econômica Federal, do BNDS, três presidentes do PT também foram presos, três tesoureiros do partido foram presos, cinco secretários do PT foram presos, o líder do PT na Câmara foi preso, o líder do PT no Senado foi preso, o presidente da República foi preso e a presidente da República sofreu um impeachment. Não precisamos explicar nada. Enquanto eu estiver no lado contrário estarei no caminho correto”, afirmou.
Colocado em votação, a proposta teve apenas os votos contrários de Valdir Barranco, Lúdio Cabral e Wilson Santos. O deputado estadual João Batista (Progressista) foi o único que se absteve de votar.