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Antônio Joaquim: investigação de lavagem de dinheiro é “fruto de um conluio de Rodrigo Janot e Pedro Taques”

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Da Redação

O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antonio Joaquim, cedeu coletiva à imprensa nesta segunda-feira (9) para falar sobre o arquivamento de investigação pelo Ministério Público Federal (MPF) por conta da Operação Ararath, em que foi acusado de lavagem de dinheiro envolvendo o ex-governador Silval Barbosa e o empresário Wanderley Faccheti Torres, dono da Trimec Construções e Terraplanagem Ltda.

O pedido de arquivamento foi feito pela procuradora da República Valeria Etgeton de Siqueira no dia 28 de abril. Ele precisa ser oficializado pelo juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara da Justiça Federal.

As investigações apuravam um suposto esquema na venda de uma propriedade rural, pertencente ao conselheiro, para a empresa Trimec Construções e Terraplanagem Ltda, cuja negociação teria o envolvimento do ex-governador Silval Barbosa. Conforme a delação de Silval, em junho de 2012, a empresa Trimec, administrada por Wanderley, figurou como compradora de uma fazenda de Antônio Joaquim e sua esposa. No entanto, segundo a PGR, o verdadeiro comprador do imóvel foi Silval Barbosa, à época governador, tendo Wanderley apenas sido uma espécie de “testa de ferro”. Antônio Joaquim foi afastado da cadeira de conselheiro e retornou apenas em abril de 2020.

“Foi uma operação realizada no dia 14 de setembro de 2017, quando fui atropelado por esse inquérito, onde foi decidido meu afastamento do TCE. Eu anunciei minha pré-candidatura ao Governo no dia 29 de agosto, protocolei minha aposentadoria, no dia 12 de setembro. E dois dias depois veio esse tsunami que foi uma ação claramente fruto de um conluio do procurador Rodrigo Janot com o ex-governador Pedro Taques, para impedir minha candidatura”, afirmou.

“Esse inquérito foi uma atitude irresponsável do procurador. Ele pede meu afastamento porque criminaliza um negócio privado, de uma fazenda que vendi cinco anos antes, declarada em imposto de renda, com valores recebidos em conta corrente. Não tinha noção da capacidade de maldade de quem não sabe usar adequadamente o seu cargo. É um abuso de autoridade, porque era um assunto que nada tinha a ver com o Tribunal, tanto que o ministro Fux devolveu a ação para a Justiça Comum”, afirmou o conselheiro, que retornou ao cargo em fevereiro de 2021.

 

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