Da redação
Com histórico criminal desde a adolescência, o hoje empresário Tiago Gomes de Souza, 35, preso em casa, no Alphaville, nesta segunda-feira (16) durante a Operação Jumbo da Polícia Federal, tinha contato quase que diariamente com líderes do Comando Vermelho. PF ainda não conseguiu contabilizar a quantia de dinheiro apreendida durante a operação.
A informação foi confirmada pela PF durante coletiva de imprensa. Ele, que já tinha ao menos 5 passagens criminais, atuou no tráfico de drogas e tinha contato direto com os membros da maior facção atuante em Mato Grosso.
“Boa parte do dinheiro que eles lucravam com o tráfico ficava em Mato Grosso. Eles tinham poder aquisitivo, tinham o poder de comando e usufruíam desse lucro. Isso fica claro nas casas, nos carros, nos bens apreendidos”, disse o delegado Jorge Vinícius Gobira Nunes.
Para ter uma ideia, na adolescência ele começou a traficar lança-perfume. Depois disso, teve outras passagens e envolvimentos com drogas, porte ilegal de arma e até foi apontado como mandante de um homicídio.
“A compra do primeiro posto aconteceu quando já tinha 4 anos da sua última prisão. Quando ele comprou o posto, ele trabalhava como taxista. Inclusive elementos colhidos hoje comprovaram que ele era taxista naquele período. Como um taxista teve recursos para comprar um posto avaliado em R$ 6 milhões?”, questiona.
Para o delegado, tudo leva a crer que o dinheiro utilizado veio do tráfico de drogas. No final de 2020, o grupo expandiu os negócios e adquiriu mais postos, além de uma empresa de mineração em Poconé. A investigação continua.
Operação Jumbo
Ao todo, a PF cumpre 37 mandados judiciais, sendo 8 de prisão preventiva e 29 de busca e apreensão nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Mirassol D’Oeste, Poconé e Pontes e Lacerda. O objetivo é desarticular uma quadrilha envolvida com o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Com a prisão dos líderes, a investigação vai tomar novosrumos.