Da Redação
O plenário do Senado Federal aprovou nesta quinta-feira (30), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que institui o estado de emergência para permitir ao governo a criação e ampliação de programas sociais. A medida é adotada para que os pagamentos não violem a legislação eleitoral, que proíbe o criação de benefícios destinados a pessoas físicas em ano de eleições. Para passar a valer, contudo, a medida ainda precisa ser aprovada em dois turnos no plenário da Câmara, e após ser promulgada pelo Congresso Nacional.
A proposta do relator Fernando Bezerra (MDB-PE) foi aprovada em primeiro turno com 72 votos favoráveis, 1 contra e 0 abstenções. Em segundo turno, o texto recebeu 67 votos sim, 1 voto não e nenhuma abstenção. Entre outros pontos, o texto prevê pacote social de R$ 41,25 bilhões até o fim do ano para expansão do Auxílio Gás, criação do “Pix Caminhoneiro”, ampliação dos pagamentos doAuxílio Brasil, além de financiamento da gratuidade do transporte coletivo para idosos e compensação aos Estados que concederem créditos tributários ao etanol. Incluído a pedido do governo, o texto também incluiu auxílio financeiro aos taxistas, com custo de R$ 2 bilhões.
Diferente do inicialmente apresentado, a matéria aprovada nesta quinta não contempla o trecho que isentava as medidas de “aplicação de qualquer vedação ou restrição prevista em norma de qualquer natureza”. O dispositivo foi criticado por diversos senadores, que consideraram a medida um “cheque em branco” ao governo federal, sendo retirado pelo relator Fernando Bezerra. Além disso, o texto original, descartado por Fernando Bezerra, previa a compensação a Estados que desonerassem os combustíveis, sendo uma medida para conter a alta dos combustíveis, o que acabou também sendo descartado.