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Natasha condena polarização e diz que vai defender Mato Grosso

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A médica e pré-candidata ao Senado pelo PSB, Natasha Slhessarenko, pontuou que não é mais possível viver em um cenário de polarização como o visto no Brasil, que nesta semana causou a morte de um guarda municipal em Foz do Iguaçu, no Paraná, durante a comemoração do aniversário dele de 50 anos. A festa tinha como temática o Partido dos Trabalhadores. Um apoiador bolsonarista invadiu a comemoração e efetuou disparos que executaram o aniversariante. Natasha afirmou que o debate precisa estar para além do apoio presidencial, discutindo pautas que são do interesse do estado e do país. As declarações foram dadas durante participação de ato na sede do partido União Brasil, no qual 140 prefeitos pediram a candidatura à reeleição do governador Mauro Mendes (UB).

 

“Essa polarização chegou às raias da loucura. Estamos vendo morte por polarização, violência política. Tem que parar com essa polarização. Quero ser a pré-candidata de todos os mato-grossenses, de todos os segmentos do estado. Eu como médica, empresária, professora quero poder representar todas as demandas, todas as pautas do nosso estado e cada um tem o direito de escolher quem quer para ser o presidente. Acho que isso é muito importante. A democracia é essa. E fere frontalmente a democracia qualquer tipo de violência”, ponderou Natasha à imprensa na noite desta terça-feira (12).

 

Questionada sobre o apoio presidencial, Natasha afirmou que aguarda o posicionamento oficial do partido ao qual pertence, o que deve ocorrer no dia 30 deste mês, data marcada para a convenção do PSB em Mato Grosso. Frisou ser partidária e lembrou que em nível nacional o PSB deve caminhar com o pré-candidato à presidência Lula Inácio Lula da Silva, uma vez que o médico Geraldo Alckmin (PSB) deve ser confirmado como o nome para a vice do petista. Apesar disso, Natasha pondera que a ela cabe pedir apoio ao eleitor para o seu projeto ao Senado.

 

“Quero pedir apoio para o povo de Mato Grosso para a minha pré-candidatura como senadora e o povo escolhe quem quiser. Eu acho que vale fazer uma análise daquilo que ele teve quando o presidente era o Lula e o que ele tem agora com o presidente Bolsonaro. Acho que isso é o que é importante. A democracia é essa sem violência. Somos um país pacífico, acolhedor. Isso não combina com o brasileiro, isso está nos levando a situações extremamente trágicas como a que aconteceu no Paraná. Precisamos seguir em paz, essa polarização é muito ruim, famílias estão destroçadas, muitas brigas, todos nós conhecemos quem já brigou por causa dessa polarização”.

 

A pré-candidata ressaltou que nesse momento o foco deve ser voltado para questões como o retorno da fome no Brasil e a alta taxa de desemprego. Salientou que mais de 33 milhões de brasileiros sentem na pele a insegurança alimentar e que cerca de 11 milhões estão sem um emprego para garantir a sobrevivência. Ponderou ainda que é inadmissível que em um “estado pujante, rico, com cidades com maior IDH do Brasil, ainda exista gente passando fome”.

 

Palanque aberto

 

Sobre a possibilidade de o governador Mauro Mendes abrir o palanque para os pré-candidatos ao Senado Wellington Fagundes (PL), Neri Geller (PP) e para o seu projeto, Natasha considerou que é uma composição “interessante”. Destacou que esteve presente na reunião realizada na noite desta segunda-feira (11), no Palácio Paiaguás, para discutir o assunto e que sentiu boa receptividade. Dos pré-candidatos, apenas Neri Geller não estava presente.

 

Considerou o apoio do governador importante, visto que fecha o mandato com trabalho reconhecido, uma vez que 140 dos 141 prefeitos solicitaram, durante o ato, que ele seja candidato à reeleição. Disse acreditar que sua pré-candidatura representa algo diferente para aqueles que estão cansados de sempre terem as mesmas opções durante a eleição.

 

“A estrutura é montada para manter sempre os mesmos concorrendo. Estou aqui me apresentando como uma mulher, médica, empresária, professora, cuiabana, que quer defender todas as mulheres, todos os homens, as crianças, os adolescentes e ver o que realmente importa para o nosso estado e nosso país. Nós estamos vivendo uma pandemia há quase dois anos e meio e o que importa é que a gente tem uma saúde que está precisando de atenção. Uma educação que está há dois anos passando crianças automaticamente de ano e muitas delas sequer assistiram as aulas porque não tinham computador e internet e passaram de ano, inclusive as crianças atípicas, crianças especiais. Como vamos cuidar disso? Isso está me angustiando a tal ponto de sair de onde estou, de sair da plateia e ir para o palco, sair da arquibancada e ir para o campo, para me colocar como uma pessoa que quer cuidar de gente. Esse é o meu propósito enquanto médica, pediatra, eu quero é cuidar de gente”.

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