Os eleitores de Mato Grosso foram surpreendidos com a “guinada à esquerda” dos pseudo-representantes do agronegócio, Neri Geller e Carlos Fávaro, que fecharam acordo para apoiar a chapa de Lula e Alckmin, na terça-feira (12), em Brasilía. É impossível para os dois explicarem a aliança com um grupo político que tem em sua composição um movimento criminoso, que invade propriedades rurais, usa de violência armada contra os produtores rurais e destrói o patrimônio alheio, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Essa mudança ideológica repentina, que deixou muito claro até onde vai a busca pelo poder, aponta para algo maior, bem maior, o grupo econômico por trás de Geller e Fávaro, formado por empresários ligados ao agronegócio, porém, os mais ricos do estado de Mato Grosso e um dos mais ricos do Brasil. Esse grupo, que um dia representou os produtores rurais, há muito tempo representa, tão somente, a si mesmo. Para quem já esteve de braços dados com o PT, não existe problema nenhum em sentar novamente no colo do “papai”, desde que seus interesses, acima de tudo (tudo mesmo), sejam atendidos.