Da Redação
A Prefeitura de Várzea Grande, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural Sustentável (SEMMADRS), tem desenvolvido um trabalho junto aos pequenos pecuaristas, oferecendo assistência técnica às famílias assentadas, principalmente nas comunidades rurais Sadia 1 e Sadia 3. “São pequenos criadores, cuja principal atividade é a produção de leite e derivados, além de criar gado para subsistência, e que geralmente também trabalham com outras atividades, como hortas, cultivo de frutas e granjas”, afirma o coordenador de Desenvolvimento Rural Sustentável, Jhonattan Luydd Fernandes Ferreira.
A assistência prestada pelo Executivo Municipal se dá de várias formas, seja com disponibilização de três tratores para manejo do solo; equipe técnica formada por engenheiros agrônomos, médicos veterinários e técnicos agrícolas. Em parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura Familiar, em 2021, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural Sustentável, realizou a distribuição de mais de 500 toneladas de calcário às famílias do campo para melhoria do solo, inclusive para o pasto.
Além disso, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), foi oferecido curso de vacinação contra brucelose para pequenos criadores e, em breve, serão ofertados cursos de casqueamento e de inseminação. Um exemplo de pequeno criador apoiado pela SEMMADRS é Jorge Dias, que trabalha na pecuária e na lavoura desde criança. Ele vive em uma propriedade de 21 hectares no assentamento Sadia 1, onde, além de criar quase 40 cabeças de gado, também vive do plantio de limão e hortaliças e da criação de frangos.
“A gente faz o horário da gente para não deixar perecer nada. É uma coisa aqui e outra ali. O gado a gente recolhe toda tarde, pousa no curral. No outro dia a gente solta ele, põe o sal e trata bem deles. A gente faz rodízio da pastagem. Deixa na base de uma semana no piquete e vai manejando porque aqui a gente tem uma época de chuva e outra de seca. E se deixá-los a rolar, a gente sofre com o pasto mais tarde”, relata.
A SEMMADRS e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), por meio de um projeto de extensão, estão realizando um levantamento sobre a cadeia produtiva da bovinocultura na agricultura familiar. Por meio deste projeto, a expectativa é que mais avanços cheguem às famílias do campo.
“Com o levantamento, serão realizados diagnósticos, com base em dados como idade, sexo, raça do rebanho, se tem registro no Indea, doenças existentes, vacinação e vermifugação, existência de curral, condições do solo e do pasto, suplementação, beneficiamento, entre outros. Com isso, vamos poder rastrear quais são as dificuldades, desafios e possibilidades desses produtores”, afirma Jhonattan Luydd Fernandes Ferreira, coordenador de Desenvolvimento Rural Sustentável.
Várzea Grande tem um rebanho de aproximadamente 28 mil cabeças de gado, sendo 85% deles em pequenas propriedades da agricultura familiar, com destinação para a subsistência, abate e produção de leite e derivados. Em 2021, foram movimentados mais de R$ 15,7 milhões na criação de gado de corte e R$ 597,6 mil na criação de gado de leite.
Considerando-se apenas o valor adicionado dos dois segmentos, foi gerado o montante de R$ 8,6 milhões com a bovinocultura no Município. O valor adicionado representa a riqueza gerada bem como sua distribuição entre os agentes beneficiários do processo (acionistas, trabalhadores, governo e financiadores). O cálculo do valor adicionado é resultante da diferença entre o total de saída acrescido dos serviços adicionados no processo produtivo.