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Tarcísio é lançado candidato ao governo de SP com presença de Bolsonaro e apoio de Kassab

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Jovem Pan

 

O ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) é oficialmente candidato ao governo de São Paulo. Considerado o candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Palácio dos Bandeirantes, o carioca de 47 anos também tem o apoio de Gilberto Kassab e seu PSD, mas só o primeiro esteve na convenção realizada no Expo Barra Funda, na zona norte de São Paulo. O chefe do Executivo inclusive discursou no evento, propalando os feitos de Tarcísio como ministro, mas também disse que “reza” para que o Brasil “nunca experimente as dores do comunismo”. Já Kassab apenas enviou seu correligionário Felipe Ramuth, ex-prefeito de São José dos Campos e candidato a vice na chapa do ex-ministro. Embora apoie Freitas em São Paulo, o presidente nacional do PSD prefere se distanciar de Bolsonaro — ele já sinalizou apoio a Lula em um eventual segundo turno entre os presidenciáveis do PT e do PL.

“Eu agradeço muito a presença de Jair Bolsonaro, que me abriu portas que eu nunca imanava serem abertas. Uma pessoa com meu perfil jamais chegaria ao ministério. O critério de escolha era outro. Mudou a minha vida. Hoje é um dia histórico, celebrou Tarcísio. A sequência de seu discurso foi marcada por exaltação de suas ações no Ministério da Infraestrutura e diversas críticas ao PSDB, que governa o Estado há 28 anos. Neste ano, o candidato tucano ao Palácio dos Bandeirantes será Rodrigo Garcia, que assumiu o governo após João Doria se licenciar, quando ainda aspirava concorrer ao Palácio do Planalto. “[O PSDB] é um partido que criou raízes profundas que impedem o Estado de andar. Um partido que deixou de olhar para as pessoas e não compreende mais o que o cidadão precisa. Um grupo que aumentou impostos, afastou crianças das escolas, fechou comércio, maltratou servidores públicos, aposentados. Ficou indiferente ao sofrimento das pessoas, dos moradores de rua, dos dependentes químicos, das pessoas com deficiência”, declarou Freitas. “Chega, acabou. Muda, São Paulo!”

“Esse Estado merece mais”, seguiu Tarcísio. “Pode mais. Nós vamos fazer a diferença. Esse Estado merece mais oferta de energia. O nosso empreendedor, o pequeno empeendedor, o microprodutor rural merecem respeito, merecem crédito. O Nosso Estado merece uma carga tributária menor, menos asfixia tributária. Merece menos fila para tratamentos, uma educação de qualidade. O Estado de São Paulo não pode ser quinto lugar no Idep, tem que ser o primeiro. Merece o maior programa de habitação da história, as pessoas precisam de teto. Quem não tem casa não tem saúde, não tem trabalho. O Estado de São Paulo merece ferrovias, que voltaram ao Brasil no governo Bolsonaro. Merece aeroportos regionais, rodovias duplicadas, a conclusão do Rodoanel.”

Último a discursar no evento de quase três horas, Bolsonaro contou que seu “colega na Academia de Agulhas Negras” titubeou quando foi convidado para disputar o governo de São Paulo. “Falei para ele: ‘Tarcísio, isso é uma missão. Você está muito bem no ministério, poderia estar bem também na iniciativa privada’. Mas ele atendeu o nosso apelo. Precisamos de aliados que levem avante essa nova política que começamos a implementar em Brasília: a política de resultados. Não existe qualquer acusação de corrupção orgânica em nosso governo”, declarou o presidente, que tamém destacou a “competência” de seu apadrinhado, as “questões de privatizações” das quais Tarcísio participou e, sobretudo, “a ressurreição” do modal ferroviário brasileiro. “Temos pedidos para mais de 20 mil quilômetros de ferroviais. Inclusive, a malha paulista está em vias de ser inaugurada.” Para marcar que estava em um evento paulista, o chefe do Executivo lembrou torcer para o Palmeiras. “Desculpem os corintianos, mas o Palmeiras será bicampeão mundial.”

O fim do discurso do presidente foi marcado pelo conclave a uma suposta “luta do bem contra o mal”. Bolsonaro não citou o nome de Lula em nenhum momento, mas fez diversas críticas ao seu principal concorrente na corrida eleitoral deste ano — e também ao vice na chapa petista, Geraldo Alckmin. “O pessoal reclamava do preço do combustível.A nossa Petrobras, entre 2003 e 2015, se endividou na casa dos bilhões de reais. Além de corrupção, foram três refinarias não concluídas. Também a entrega de duas refinarias para o governo da Bolívia no início do governo daquele cara, que agora quer voltar à cena do crime com outro criminoso, conhecido por suas falcatruas aqui no Estado de São Paulo. Os bandidos se unem para voltar a assaltar”, vociferou Bolsonaro. “Sabemos que o outro lado quer destruir a família brasileira, liberar as drogas, legalizar o aborto. O outro lado quer desarmar a população. Povo armado jamais será escravizado. O outro lado relativiza a propriedade privada. Não nos alinhamos de ditaduras pelo mundo. Não me aproximo de Cuba, da Venezuela.”

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