AFP
Um incêndio em tanques de petróleo que acontece desde a tarde de sexta (5), já deixou 17 desaparecidos e 77 feridos em Cuba. Três deles estão em estado crítico, outros três muito graves e 12 graves, de acordo com o jornal oficial Granma. O fogo começou quando um raio atingiu um dos tanques do depósito localizado nos arredores de Matanzas, cerca de 100 quilômetros a leste de Havana. A presidência de Cuba informou que solicitou ajuda e consultoria a países amigos com experiência na questão do petróleo.
“A extinção do incêndio ainda pode demorar”, comentou o presidente Miguel Díaz-Canel no Twitter, enquanto o diretor de Comércio e Abastecimento da estatal Unión Cuba-Petróleo (Cupet), Asbel Leal, disse que o país nunca havia enfrentado um incêndio “da magnitude que temos hoje”. Danger Ricardo, um soldador de 37 anos que trabalha no local, não sabe explicar como o sistema falhou, mas, segundo o jornal Granma, “aparentemente houve uma falha no sistema de para-raios, que não suportou a energia da descarga elétrica”.
Os dois tanques atingidos abastecem a termelétrica Antonio Guiteras, a maior de Cuba, mas o bombeamento para essa usina não parou, acrescentou Granma. Dois helicópteros começaram a trabalhar para apagar o fogo na manhã de sábado (6), em frente à baía de Matanzas, uma cidade de 140 mil habitantes. Bombeiros exaustos se reuniam do lado de fora da usina esperando para procurar seus colegas que não puderam sair após a segunda explosão.
O incêndio ocorre em meio a dificuldades enfrentadas desde maio na ilha para atender ao aumento da demanda por energia devido ao calor do verão. A obsolescência de suas oito usinas termelétricas, danos, manutenções programadas e falta de combustível dificultam a geração de energia. Desde maio, as autoridades programam apagões de até 12 horas por dia em algumas regiões do país. Desde então, houve vinte protestos em cidades do interior da ilha.