Da Redação
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) negou, nesta segunda-feira (12), o direito de resposta ao candidato à reeleição Mauro Mendes (UB), para explicar os motivos de ter mudado de opinião com relação ao Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT). A decisão também mantém a propaganda eleitoral no ar. Na época em que foi prefeito de Cuiabá, Mauro defendeu o modal.
“Eu como prefeito, como cidadão, tenho certeza que todos nós queremos esse VLT. Não dá pra imaginar já ter gasto mais de 1 bilhão, quase 1 bilhão e 100 milhões de reais e jogar isso na lata do lixo. Agora, como governador, ele mudou de opinião e quer empurrar o BRT na população e assim jogar no lixo 1 bilhão de reais. O povo quer saber Governador, mudou de opinião por interesse de quem?”, diz trecho do programa eleitoral exibido pela candidata Márcia Pinheiro (PV), adversária de Mendes nesta eleição.
Conforme o juiz, Sebastião de Arruda Almeida, não existe na referida indagação nenhuma acusação de calúnia, difamação ou injúria. O magistrado sustenta ainda que o candidato Mauro Mendes poderá utilizar de seu próprio horário eleitoral gratuito para apresentar as razões de ter mudado de opinião quanto ao modal.
“Com efeito, o conteúdo da matéria não omite que a fala do candidato Mauro Mendes, em que afirma ser favorável a implantação do VLT, ocorreu “como prefeito”. Além disso, ela é clara ao afirmar que a decisão de implantar o BRT se dá na condição de governador. Dessa forma, não vislumbro que o conteúdo veiculado na propaganda aqui combatida seja descontextualizado ou contenham distorção de falas do autor da representação”, diz trecho da decisão.
O juiz sustenta ainda que, o fato de a fala do autor ser “muito antiga” não torna menos verdadeira “E que ela foi, de fato, proferida. Aliás, sequer o fato de ser uma fala antiga é ocultado na propaganda, pois esta afirma que ela foi feita quando o autor da representação ainda era prefeito de Cuiabá”, diz trecho da decisão.