Da Redação
O cantor Erasmo Carlos morreu nesta terça-feira (22), aos 81 anos, em um hospital na Barra de Tijuca, no Rio de Janeiro. O artista, que havia passado mais de duas semanas internado (17 de outubro a 2 de novembro), voltou ao hospital na noite de segunda-feira (21) e, desta vez, não resistiu.
A causa da morte de Erasmo Carlos não foi divulgada oficialmente. Sabe-se apenas que de 17 de outubro a 2 de novembro, ele ficou internado no Hospital Barra D’Or. Na unidade de saúde, foi diagnosticado com síndrome edemigênica. Nesta terça, no entanto, o falecimento se confirmou.
A síndrome edemigênica ocorre quando há excesso de líquido preso nos tecidos do corpo. A doença acontece quando o corpo tem um desequilíbrio nas forças bioquímicas que são responsáveis pelos líquidos dos vasos sanguíneos. Esta síndrome pode ser provocada pelo mau funcionamento dos rins, fígado ou coração.
Conhecido por ser um dos pioneiros do rock brasileiro e por sua parceria com Roberto Carlos, ele deixa um grande legado para a música no Brasil. Foram 50 anos de estrada, mas de 500 canções e muitos sucessos, como “Além do Horizonte”, “É Preciso Saber Viver”, “O Bom”, que ultrapassam gerações e ficaram na memória do público.
Com Roberto Carlos, gravou grandes canções como “Quero Que Vá Tudo Pro Inferno”, “Gatinha Manhosa”, “Como É Grande o Meu Amor Por Você”, “Se Você Pensa”, “Sua Estupidez”, “120… 150… 200Km Por Hora”, “Sou Uma Criança, Não Entendo Nada”, “Meu Ego”, “Mesmo Que Seja Eu”, “Dá Um Close Nela” e “Meu Menino Jesus”.
Nascido e criado no bairro da Tijuca, na zona Norte do Rio de Janeiro, Erasmo sempre foi apaixonado por música. A bossa nova e o rock’n’roll despertaram o artista que existia dentro dele. Na vila onde morava, o cantor aprendeu a tocar violão com Tim Maia. Mais tarde, fez parte de um grupo que tinha Tim e Roberto Carlos, mas a banda foi desfeita após uma briga entre Tim e Roberto. Erasmo e Roberto tinham muitas coisas em comum como a paixão por Elvis Presley e torcer pelo Vasco da Gama. Junto com Wanderléa e Roberto, Erasmo foi um dos principais representantes da Jovem Guarda, movimento musical e cultural dos anos 60 e 70.