Da Redação
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contratou, por R$ 250 mil, uma empresa para monitorar as redes sociais. A contratação da Partners Comunicação Integrada foi firmado em setembro deste ano.
Em 2013, durante o governo de Dilma Rousseff (PT), dois assessores do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, foram denunciados por recebimento de propina da empresa Partnersnet, contratada para prestar assessoria de imprensa ao ministério.
Em comunicado no Diário Oficial da União, o TSE informou que a contratação da Partners Comunicação Integrada inclui o monitoramento on-line e em tempo real da presença digital do TSE e de temas de interesse da Justiça Eleitoral em redes sociais; entrega de alertas em tempo real, por app, e-mail, SMS ou WhatsApp; e relatórios analíticos sobre a ação estratégica para a atuação nas redes sociais.
Segundo o vereador de Curitiba Eder Borges (PP), contratar uma empresa para monitorar as redes sociais faz o país “caminhar a passos largos para uma cleptocracia e para um Estado de rigoroso controle social, a exemplo do que vemos em qualquer ditadura do mundo”.
O vereador Rodrigo Marcial (Novo) denunciou nesta segunda-feira (28), na Câmara Municipal de Curitiba, que a Partners utilizou “palavras chave e termos de interesse definidos pelo tribunal para identificar publicação e para avaliar essas publicações como positivas ou negativas, e até mesmo para fazer o georreferenciamento de quem estava se posicionando na internet”.
O vereador disse que a empresa exerce poderes de monitoramento e têm atribuições que habilitam a censura no Brasil. “Parece coisa de filme de terror, parece ficção científica, mas é o que o Tribunal Superior Eleitoral fez em nosso país”.