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Depois de querer culpá-las por mortes da Covid, PT quer ajuda das igrejas evangélicas para desarmar população

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Da Redação

Flávio Dino (PSB), o escolhido de Lula (PT) para ser ministro da Justiça, reforçou sua intenção de revogar os decretos do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) que facilitaram o armamento civil. Em entrevista ao portal UOL, ele disse que retomará campanhas nacionais de desarmamento e contará com ajuda de igrejas, principalmente as evangélicas.

“Uma campanha de desarmamentos depende de ações de emulação cultural. As igrejas podem, devem e serão convidadas nesta campanha. Jesus definitivamente não era praticante de nenhum tipo de armamentismo. Essas pessoas, como eu, cristão, leram a Bíblia”, afirmou Dino.

O flerte com o público evangélico que, em sua maioria, votou em Jair Bolsonaro (PL) para presidente, acontece depois de Lula, antes mesmo de tomar posse, dizer que vai cobrar de lideranças evangélicas apoio às campanhas de vacinação e que pode responsabilizá-las pelas mortes em decorrência da Covid.

“Eu pretendo procurar várias igrejas evangélicas e discutir com o chefe delas: ‘Olha, qual é o comportamento de vocês nessa questão das vacinas?’ Ou vamos responsabilizar vocês pela morte das pessoas”, afirmou Lula, em novembro.

Campanha do desarmamento em 2004

Quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomou posse como presidente em 2003, logo nos primeiros meses, seu governo enfrentou a crise do dinheiro enviado ilegalmente para paraísos fiscais que foi investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banestado, na Câmara do Deputados. Na época, o deputado José Mentor (PT) foi acusado de sabotar a CPI para proteger membros do governo. Também em 2003 aconteceu o esquema de corrupção no Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT), com desvio de R$ 32,3 milhões de recursos destinados à construção de estradas. O alvo das denúncias foi o ministro dos Transportes, Anderson Adauto.

Mas foi no início de 2004, quando veio à tona o Mensalão, o maior escândalo do primeiro mandato de Lula, que a Campanha do Desarmamento tomou corpo. Na época, o governo foi acusado de usar a campanha para retirar os holofotes do escândalo de corrupção praticado em seu governo.

O mensalão era a propina que o governo pagava, com dinheiro público, a parlamentares para votar a favor das propostas petistas no Congresso. O articulador do mensalão foi o ministro José Dirceu, da Casa Civil. As estimativas apontam um desvio superior a R$ 200 milhões, além de repasses de verbas para deputados participantes do esquema.

 

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