Da Redação
O Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE), manifesta causar “estranheza e indignação” a retirada de estruturas do VLT na Avenida da FEB, em Várzea Grande, empreendida pelo Governo de Mato Grosso, “que jogará no lixo vultosos recursos públicos que haviam sido empenhados na execução de uma obra praticamente concluída”. A entidade nacional classifica a medida como “descaso e mal uso dos recursos públicos”.
De acordo com o SIMEFRE, é a primeira vez que se tem notícia de uma mudança de modal com obras tão avançadas, fonte de insegurança jurídica e repercussão negativa no setor de infraestrutura no Brasil e exterior.
“A decisão de trocar o sistema de VLT, com 70% implantado e que agora começa a ser destruído, para implantação do BRT, tem repercutido negativamente no País e no exterior como ato fora de propósito e inadmissível sob o ponto de vista econômico e social”.
Alerta consta de ofício enviado pelo SIMEFRE ao governador Mauro Mendes, ao ministro Dias Tófolli, do Supremo Tribunal Federal (STF), à presidência do Tribunal de Contas da União (TCU) e à Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados. A comissão esteve em Cuiabá e Várzea Grande em julho para vistoriar, entre outros aspectos, o estado de conservação dos trens do VLT, e atestou em relatório final que uma troca de modal causará prejuízos.
“Os trilhos do VLT, uma vez assentados com a utilização de recursos públicos, deveriam ser usufruídos pela população com a conclusão das obras há muito iniciadas, e não desmontados utilizando-se de outros recursos públicos”, reafirma o SIMEFRE.