Da Redação
Um grupo de indígenas protestou em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde deste domingo (25). Eles pedem a soltura de José Acácio Serere Xavante, o Cacique Serere, preso há 13 dias por ordem do ministro Alexandre de Moraes. Na ocasião, o indígena defendeu a permanência do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Palácio do Planalto e chamou de “fraude” a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Policiais militares chegaram ao local e tentaram negociar a saída dos indígenas. Por volta das 19h, o grupo aceitou sair e começou a se dispersar. Os manifestantes disseram que permanecerão na Praça dos Três Poderes até receberem informações de Serere. Eles alegam que foram impedidos de estabelecer contato com o indígena nesta semana.
O Cacique Serere Xavante se tornou conhecido por liderar indígenas em atos em espaços públicos. De acordo com a Polícia Federal, ele teria participado de manifestações “antidemocráticas” no Congresso Nacional, no Aeroporto Internacional de Brasília, no Park Shopping e na Esplanada dos Ministérios.
Serere foi preso no dia 12 de dezembro, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A prisão foi pedida pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que entendeu que a detenção do indígena é uma forma de garantir a ordem pública.
Na decisão, Moraes apontou “indícios da prática dos crimes de ameaça, perseguição e absolvição violenta do Estado Democrático de Direito”, e argumentou que “a restrição da liberdade do investigado, com a decretação da prisão temporária, é a única medida capaz de garantir a higidez da investigação”.