Da Redação
Nesta segunda-feira (9), A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) emitiu nota repudiando as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que chamou representantes do agro de fascistas e insinuou que eles integravam o grupo de extremistas nos atos de vandalismo ocorridos em Brasília na tarde de domingo (8).
Em nota, a Aprosoja afirmou prezar pelo cumprimento das leis e da Constituição. “Defendemos a liberdade de pensamento e a manifestação pacífica. Mas jamais poderemos concordar com invasão e depredação de qualquer propriedade, seja ela pública ou privada”, diz trecho da nota.
A entidade ainda rechaçou as declarações de Lula, por insinuar que representantes do agro integravam o grupo de extremistas. O petista disse que “aquele agronegócio que quer utilizar agrotóxico sem nenhum respeito à saúde humana possivelmente também estava lá… Pessoas que chamamos de fascistas invadiram as sedes do governo”, disse Lula.
Leia a nota da Aprosoja na íntegra:
“A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) repudia as invasões e atos de vandalismo ao Congresso Nacional, ao Supremo Tribunal Federal e ao Palácio do Planalto ocorridos neste domingo (8), em Brasília.
Como entidade que preza pelo cumprimento das leis e da Constituição, defendemos a liberdade de pensamento e a manifestação pacífica, mas jamais poderemos concordar com invasão e depredação de qualquer propriedade, seja ela pública ou privada.
O agro brasileiro, há muitos anos, é ator importante no desenvolvimento do Brasil, gerando renda, emprego e divisas para o país, produzindo alimento com segurança, responsabilidade e sustentabilidade. E este agro não é composto somente por grandes empresas, mas sim e, principalmente, por pessoas que vão desde o pequeno sitiante, a agricultura familiar, pequenos, médios e grandes produtores, que dedicam suas vidas, economias, e suas famílias para produzirem alimentos com respeito.
Declarações que atribuam ao setor participação nos ataques são descabidas e não retratam a real importância do agro brasileiro para o país. Somos contra grilagens e invasão da propriedade privada, o desmatamento ilegal e o uso irrestrito de pesticidas em lavouras.
Prezamos pela democracia e somos contra quaisquer atos que gerem prejuízos ao Brasil, e nos opomos a quaisquer conclusões que não representem a verdade.”