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PC instaura inquérito para investigar fake news contra deputada; familiar de prefeito está entre suspeitos

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Da Redação

Após denúncia da deputada estadual Janaina Riva (MDB) sobre a prática de fake news e o crime de difamação majorada cometidos contra ela via aplicativo de mensagens por pessoas ligadas ao prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, a Polícia Judiciária Civil por meio da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos decidiu instaurar inquérito policial para investigar os atos denunciados.

Dentre as pessoas que serão investigadas estão a prima do prefeito, Nelise Espósito Vaz Curvo, e o ex-servidor da Saúde William Sidney Araújo de Moraes (já indiciado no denominado inquérito das Fake news por comandar junto ao irmão do prefeito de Cuiabá uma fábrica de notícias mentirosas sobre o governador Mauro Mendes e a esposa dele, Virgínia Mendes), por estarem divulgando o link de uma notícia inverídica sobre suposto pedido de cassação da deputada em grupos de Whatsapp.

“Verifica-se que, a partir dos elementos de informações apresentados, há fortes indícios acerca da prática de crime contra a honra da vítima, vez que a divulgação e pulverização de notícia pretérita, desatualizada, falsa sobre ação judicial findada há quase 02 (dois) anos possui nítido caráter difamatório e com interesses escusos. Pelo exposto e considerando que os fatos em questão configuram, em tese, o delito de DIFAMAÇÃO MAJORADA (Art.139 c.c. Art. 141, §2° ambos do C.P.), praticado pelo(s) suspeito(s) NELISE ESPOSITO, WILLIAM SIDINEY e outros A APURAR contra a vítima JANAINA GREYCE RIVA”, determinou o delegado Ruy Guilherme Peral da Silva em portaria Nº 2023.10.864 publicada na última sexta-feira (13) e que deu origem ao inquérito policial 02/2023.

Entenda o caso:

A deputada explica que os ataques contra ela se intensificaram depois que a parlamentar começou a falar sobre o caos instalado na saúde de Cuiabá e a defender publicamente a intervenção na saúde da capital. Segundo ela, o ‘modus operandi’ dos autores das fake news consistiu em pegar uma notícia de 2018 onde o Ministério Público a acusava da prática de caixa 2 na campanha, acusação da qual ela foi absolvida e já está arquivada, enviar para sites de notícias de Cuiabá como se fosse algo novo para que eles republicassem com data atual gerando um novo link de notícia e parecesse um novo pedido de cassação. De posse do link gerado pelos sites, os suspeitos compartilhavam em grupos de aplicativo de mensagens amplamente, com o intuito de macular a imagem da parlamentar.

Alguns sites que publicaram o conteúdo, ao perceberem que se tratava de fato inverídico e velho, retiraram o do ar imediatamente, porém o link que foi gerado por eles com a manchete continuava sendo compartilhado pelas pessoas citadas acima. Outros sites, um deles administrado pela esposa de um secretário da prefeitura de Cuiabá, deixou a notícia no ar e mesmo sabendo se tratar de notícia falsa e só retirou depois de a assessoria da deputada pedir que fosse retirado.

“Isso precisa parar. A Polícia vai investigar a origem, mas já sabemos que o ato, inclusive, conta com a participação de pessoas já indiciadas pela polícia pela mesma prática contra adversários políticos do prefeito. Essa velha forma de fazer política não condiz com os novos tempos que vivemos e precisa ser expurgada. Fica o alerta aos veículos de comunicação sobre a checagem das informações que publicam e para as pessoas que compartilham notícias falsas em grupo de troca de mensagens”, finalizou a deputada.

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