Damares relembra ações do governo em favor dos ianomâmis e critica parcialidade da imprensa ao noticiar o caso
Da Redação
A senadora eleita Damares Alves (PL-DF), ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, usou as redes sociais neste domingo (22), para falar sobre a situação dos ianomâmis.
“Acompanhei com dor e tristeza as imagens que estão sendo divulgadas sobre os Yanomami. Minha luta pelos direitos e pela dignidade dos povos indígenas é o trabalho de uma vida. Mas diante de tantas mentiras espalhadas nos últimos dias, preciso esclarecer algumas coisas. No Governo Bolsonaro, a política indigenista era executada em três ministérios: Educação, Saúde e Justiça. Ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos cabia receber denúncias de violações de direitos dos indígenas e encaminhá-las às autoridades responsáveis”, escreveu Damares no Twitter.
“O MMFDH esteve ‘in loco’ inúmeras vezes para levantar informações. No auge da pandemia distribuímos cestas básicas. Enviamos ofícios aos órgãos responsáveis para solicitar atuação e recebemos relatórios das equipes técnicas, as quais informaram as providências tomadas. O MMFDH, num grande esforço, e com o apoio de outros órgãos, entregou o Plano Nacional de Enfrentamento a Violência Contra Crianças, inclusive reconhecendo a desnutrição como uma das mais terríveis violências contra elas, propondo ações”, relatou Damares. “O Plano passou a ser executado priorizando três áreas indígenas e uma delas é a área Yanomami. SESAI e a FUNAI trabalharam muito no governo Bolsonaro, não houve omissão”.
A ex-ministra disse que o problema da desnutrição entre crianças indígenas é um dilema histórico, e foi agravado pela pandemia. “A desnutrição entre crianças indígenas é um dilema histórico e foi agravada pelo isolamento imposto pela pandemia. Entre os anos 2007 e 2011, o Vale do Javari já tinha índices alarmantes”.
Damares criticou a parcialidade de alguns setores da imprensa ao noticiar a questão dos ianomâmis. “A mesma imprensa que hoje faz cobertura positiva da agenda presidencial, fez críticas à época. Tenho a convicção de que mais do que posar para fotos e realizar belos discursos (feitos a quilômetros das aldeias), devemos enfrentar a raiz do problema”, frisou Damares, lembrando ainda que a política de isolamento é um entrave ao atendimento dos povos indígenas. “Sempre questionei a política do isolamento imposta a algumas comunidades. Está na hora de uma discussão séria sobre isso. Ao invés de perdermos tempo nessa guerra de narrativas e revanchismo, proponho um pacto por todas as crianças do Brasil, de todas as etnias”, defendeu a ex-ministra.