A história parece tirada de um filme de Hollywood, mas é real: um papagaio teve que fazer parte do programa de proteção a testemunhas do FBI nos anos 90 porque a máfia de Nova Orleans queria matá-lo. E a verdade é que eles tinham motivos para estar nervosos.
O papagaio se chamava Echo e pertencia ao chefe da máfia de Nova Orleans, nos Estados Unidos. Quando os policiais conseguiram prendê-lo, perceberam que o pássaro repetia algumas das coisas que ouvira de seu dono durante o tempo em que morou em sua casa, o que pode significar que acabava revelando conversas que, até então, haviam sido segredo.
Entre as frases que o papagaio repetia várias vezes, havia uma muito esclarecedora: “Estou movendo 20 quilos de cocaína, se você estiver interessado.” Mas, além disso, o mafioso também foi acusado de pedofilia após Echo revelar outras frases de sua vida anterior. Portanto, a máfia colocou um preço no papagaio e o FBI teve que protegê-lo, introduzindo-o em seu programa de testemunhas.
As autoridades explicaram que Echo reproduzia sons que ela havia aprendido durante esse tempo, como gemidos, barulhos altos de batidas ou choro de crianças. Quando o FBI teve que escondê-lo, foi entregue a Suzy Heck, fundadora de um centro de reabilitação de animais chamado Heck Haven no estado de Louisiana, com a promessa de que ela manteria segredo.
Echo teria vivido por mais de 40 anos, que é uma expectativa de vida típica para os papagaios-do-congo. E ele não é o primeiro papagaio a desempenhar um papel crucial em uma investigação.
Em 2015, Glenna Duram atirou em seu marido Martin na frente de seu papagaio de estimação, que repetiu as últimas palavras da vítima várias vezes: “Não atire, não atire”. Embora a mulher tenha tentado tirar a própria vida, sua tentativa de suicídio falhou e, conforme publicado pela BBC, as palavras do papagaio ajudaram a polícia de Michigan a entender o que havia acontecido naquela casa.