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Fuga de Marcola teria blindados, aviões e custo de R$ 60 milhões

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Da Redação

 

O plano de fuga organizado pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) para resgatar o traficante Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder da organização, teria um custo de R$ 60 milhões com o emprego de armas e veículos pesados. As informações foram publicadas nesta quinta-feira (23), pela coluna Na Mira do site Metrópoles.

O plano de fuga arquitetado por membros da facção finalizou 90% do planejamento para executar um resgate cinematográfico, que ocorreria no presídio federal de Porto Velho (RO). A intenção foi interceptada pelas autoridades, e a investida acabou suspensa pelos faccionados.

Toda a estrutura montada para tirar o plano do papel teria custado cerca de R$ 60 milhões. A fortuna seria investida na contratação de assaltantes especializados na modalidade criminosa conhecida como “novo cangaço”, que invade e domina pequenas cidades no interior do país. Todos são especializados em roubos a bancos.

Além do material humano escolhido a dedo para executar o plano de resgate do líder máximo da facção, estava previsto o emprego de armas e veículos pesados, como fuzis .50 com poder de fogo para derrubar aeronaves e atravessar estruturas de concreto. Carros blindados e até aviões de pequeno porte seriam usados na ação.

Todo o aparato é financiado pelo narcotráfico. A facção desenvolveu uma logística quase perfeita para enviar centenas de quilos de cocaína em navios para a Europa, o que capitalizou a organização e trouxe perigo à segurança nacional. Como uma grande multinacional e forte investidor no tráfico transnacional, o PCC enriqueceu rapidamente e deixou, inclusive, de cobrar mensalidade de seus membros.

Durante ações policiais, a apreensão de balancetes e cadernos contábeis encontrados com alvos que integram a organização criminosa confirma a movimentação milionária feita pelo grupo. Estima-se que a facção tenha um capital de giro de, pelo menos, R$ 1 bilhão.

Com a descoberta do último plano para resgatar Marcola, a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) montou operação de guerra, em 25 de janeiro, e transportou o preso para a Penitenciária Federal de Brasília.

Desde que foi preso pela primeira vez, em 31 de janeiro de 1986, passou por 19 presídios antes de ser levado para Rondônia. Em 1999, quando já havia evidências de sua articulação junto ao PCC, chegou a ser transferido cinco vezes: para Cuiabá (MT), Araraquara, Tremembé, Carandiru e Taubaté, em São Paulo.

Marcola deverá passar o resto da vida ocupando celas em um dos cinco presídios federais localizados nas cidades de Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Mossoró (RN), Porto Velho (RO) e Brasília, já que ele acumula condenações que somam mais de 300 anos de reclusão.

 

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