Nosso sistema solar é o lar de milhões de rochas espaciais renegadas, e esta semana três particularmente grandes passarão pela Terra. Mas não se preocupe – o mais próximo ainda errará nosso planeta por confortáveis 3,5 milhões de quilômetros, de acordo com a NASA.
Nesta segunda-feira (27), um asteróide chamado 2012 DK31 passará por nosso planeta a uma distância de cerca de 4,8 milhões de km. O asteroide mede cerca de 137 metros de diâmetro, ou quase a largura de um arranha-céu de 40 andares.
Embora a rocha espacial não represente uma ameaça iminente para a Terra, a NASA a classifica como um asteróide potencialmente perigoso (PHA) – o que significa que a rocha é grande o suficiente e orbita perto o suficiente da Terra para causar sérios danos se sua trajetória mudar e ocorrer uma colisão. Geralmente, qualquer asteróide medindo mais 137 metros de largura e orbitando a 7,5 milhões de km da Terra é considerado um PHA. (A NASA mapeou a trajetória deste asteróide pelos próximos 200 anos e não há previsão de ocorrência de colisões).
Na terça-feira (28), um segundo PHA do tamanho de um arranha-céu, também medindo aproximadamente 137 metros de diâmetro, cruzará a órbita do nosso planeta a uma distância de cerca de 3,5 milhões de km. Conhecido como 2006 BE55, a órbita desta rocha espacial volumosa cruza a órbita da Terra a cada quatro ou cinco anos.
Finalmente, na sexta-feira (3), um asteroide medindo aproximadamente 76 metros de diâmetro voará a uma distância de 5,3 milhões de km. A rocha, chamada 2021 QW, não é larga o suficiente para se qualificar como um PHA, mas ainda faz uma aproximação relativamente próxima da Terra.
Por que os cientistas prestam tanta atenção às rochas espaciais que errarão nosso planeta por milhões de quilômetros? Porque mesmo pequenas mudanças na trajetória de um asteróide – digamos, de ser empurrado por outro asteróide ou influenciado pela gravidade de um planeta – poderia enviar objetos próximos como esses em rota de colisão direta com a Terra.
Felizmente, os cálculos da NASA mostram que nenhum asteróide conhecido está atualmente em um caminho para atingir a Terra em pelo menos 100 anos. Caso um grande asteróide um dia represente uma ameaça direta ao nosso planeta, os astrônomos já estão trabalhando em métodos para impedi-lo. Essa foi a motivação por trás da recente missão Double Asteroid Redirection Test (DART) da NASA , que intencionalmente colidiu um foguete com um asteroide para alterar sua velocidade orbital. A missão não destruiu seu alvo completamente, mas provou que ataques frontais de foguetes são capazes de alterar os parâmetros orbitais de uma rocha espacial de maneiras significativas.