Da Redação
A Polícia Civil cumpriu nesta sexta-feira (10) as medidas cautelares de afastamento da função pública, determinadas pela Justiça, contra seis policiais penais da Gerência de Intervenção Rápida, do Sistema Penitenciário Estadual.
Na decisão, o juiz estabelece que as medidas cautelares sejam cumpridas pela autoridade policial e, determina ainda, que os seis policiais penais estão proibidos de manter contato de qualquer natureza, pessoalmente ou por terceiros, e ainda por meio telefônico, telemático, cartas e outros com a vítima.
A decisão judicial atende à representação encaminhada pela Polícia Civil, por meio do Plantão de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica e Sexual, como parte da investigação instaurada para apurar o crime de tortura praticado, em tese, pelos policiais penais contra uma também policial penal.
O crime foi denunciado pela vítima no último sábado (4), no Plantão 24h da Mulher. O procedimento foi encaminhado à Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá, onde foi instaurado inquérito policial para apuração dos fatos.
Segundo a vítima, o registro do boletim de ocorrência aconteceu depois de vários episódios de importunação sexual.
“Eu fui fazer um Curso do GIR e registrei um boletim de ocorrência por importunação sexual, porque ele já havia passado a mão em mim, no meu corpo, e eu fiquei quieta”, disse.
A mulher diz que em outra ocasião foi espionada enquanto tomava banho e também teria se silenciado à época.
“Por último, ele abriu a janela para espionar a gente trocar de roupa pelada, fez comigo e com todas as fens lá da base. Todas elas foram coagidas para não falar a verdade”, afirmou.
“Jogaram espuma, mais de dois vidros em mim, no meu corpo inteiro, queimaram o meu rosto, minha boca, porque eu registrei um b.o.”, disse a mulher.