Da Redação
O deputado estadual Cláudio Ferreira (PTB) se posicionou contra o projeto proposto pelo deputado petista Valdir Barranco, de implantação da chamada “Educação Humanitária” nas escolas públicas de Mato Grosso.
A proposta, em seu objetivo principal, prevê o incentivo às crianças a não comerem carne, uma que vez que a ideologia prega a “igualdade entre pessoas humanas e não-humanas”.
A Educação Humanitária surgiu por volta de 1860, nos Estados Unidos, a partir do esforço das instituições ligadas à proteção animal, especialmente para estimular a empatia pelos animais. Depois, se espalhou para atuação com relação ao meio ambiente, mídia e cultura.
O trabalho da proposta educativa humanitária se dividiu e a principal vertente inclui a compaixão aos animais “explorados” para comida, vestuário, entretenimento ou pesquisas.
Cláudio Ferreira explica que a proposta não é pedagógica, mas, sim, ideológica e visa a promover o boicote ao consumo de carne por parte das crianças. Isso porque, no campo da alimentação, os estudantes seriam levados a pensar em todo o processo pelo qual a carne de um animal passou para chegar até o prato da pessoa.
O parlamentar pontua que essa ideologia não tem um ponto de vista bem-estarista com relação aos animais. Isso quer dizer que, se um animal for bem tratado, poderia ser morto para alimentação.
“Mas não é isso que a Educação Humanitária prevê, e sim uma liberdade aos animais sob o preceito de que todos os seres vivos têm direito de viver. Essa proposta iguala animais e seres humanos”, critica Cláudio. “Além disso, é muito irônico a esquerda defender a vida, mas quando se trata do aborto, do assassinato de bebês, o posicionamento é a favor da morte”, complementou.
Segundo o deputado, além de ser um absurdo do ponto de vista moral, a ideologia também é prejudicial à economia e ao agronegócio.
Relator na Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e Desporto da ALMT, Cláudio Ferreira apresentou um parecer contrário ao projeto, o que foi acompanhado pelos demais membros da comissão, à exceção de Barranco, em sessão nesta terça-feira (21).
O tema será novamente debatido em plenário durante nova votação pelos parlamentares.