Da Redação
O deputado federal José Medeiros (PL-MT) enviou ofício ao coordenador do Núcleo de Combate ao Crime e à Improbidade Administrativa do Distrito Federal, Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, pedindo a prisão preventiva de um dos fundadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o economista João Pedro Stédile. No pedido, que foi enviado no último dia 12 de abril, Medeiros anexou um vídeo onde Stédile faz incitações criminosas que atentam contra o Estado de Direito. No vídeo publicado pelo MST, o economista incentiva trabalhadores sem terra a invadirem fazendas.
“É um absurdo o que estão fazendo. Anunciaram que vão promover várias ações em todo o país, inclusive ocupações de terras. É uma ameaça gravíssima a autoridades e a todos os cidadãos brasileiros que possuem imóveis rurais, uma vez que instiga grande quantidade de pessoas a desobedecer a lei, causando violência e fustigando graves problemas fundiários. Apesar de tudo isso, o presidente Lula convida Stédile para acompanhá-lo na viagem oficial à China”, disse o deputado federal.
Medeiros reforçou que a prisão preventiva do líder do MST se faz necessária para garantir a ordem pública, com vistas a evitar violências, esbulhos e ameaças à vida, integridade física e patrimônio na zona rural. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPL) também pediu providências com relação às declarações do economista.
Além de pedir a prisão do fundador do MST, o parlamentar acionou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o procurador-Geral da República, Antônio Augusto Aras, para que tomem medidas contra ações de incitações criminosas manifestadas por Stedile e contra a infiltração do MST no Estado por indicações a cargos e funções no Governo Federal.
Medeiros alerta para o fato de dirigentes do movimento possuírem prestígio ilegal e indevido no governo do PT, com infiltração em cargos estratégicos. Diante disso, é necessário barrar as indicações de membros do MST para cargos no atual governo.
“Haja vista que invasão de propriedade alheia é crime e a junção de indivíduos com fim de cometer crimes constitui outro crime autônomo, estamos diante de pessoas que não podem ser consideradas idôneas, e nem podem ocupar cargos públicos sob pena de estarmos formando quadrilha dentro do próprio Estado, o que seria perigosíssimo, ao ponto de transformar o Estado numa própria fonte institucional de crimes e rede de criminosos protegidos por quem deveria combatê-los”, diz trecho da solicitação de Medeiros.
O deputado federal relatou ao STF e para PGR nomes de pessoas ligadas ao MST que foram indicadas para cargos no Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e para a Secretaria Nacional de Diálogos Sociais e Articulação de Políticas Públicas da Presidência da República na gestão petista.