Da Redação
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou a soltura do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres, nesta quinta-feira (11).
O ministro impõe uma série de restrições a Torres, como a proibição de se ausentar do Distrito Federal, a entrega de seus passaportes, que deverão ser cancelados, a suspensão de documentos de porte de arma de fogo, recolhimento domiciliar no período noturno e uso de tornozeleira eletrônica. Além disso, o ministro do STF determinou o afastamento imediato do ex-secretário do cargo de delegado de Polícia Federal.
Torres foi preso em 14 de janeiro, assim que desembarcou no Aeroporto de Brasília, vindo dos Estados Unidos, onde estava de férias com a família. Ele está preso desde então em uma cela especial no Batalhão de Aviação Operacional (Bavop), no mesmo terreno do 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará, Distrito Federal.
No primeiro depoimento à Polícia Federal, em 18 de janeiro, Anderson Torres permaneceu calado. Em 3 de fevereiro, ele aceitou depor e falou por cerca de dez horas sobre os atos de extremismo em Brasília e afirmou que houve “falha grave” da atuação da Polícia Militar do DF naquele dia.
Além da omissão em 8 de janeiro, Torres é alvo de uma investigação da Polícia Federal que apura se ele interferiu na Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o segundo turno das eleições do ano passado. No depoimento prestado sobre o caso, o ex-ministro negou ter interferência no órgão durante o período eleitoral.