A procuradora do Ministério Público de Goiás (MPGO), Carla Fleury de Souza, disse “ter dó dos promotores” do estado e criticou o salário inicial recebido por eles, considerado por ela como incompatível com o “custo de vida”. A remuneração dos promotores substitutos, cargo ao qual fazem jus os concursados em início de carreira, é atualmente de R$ 30 mil, segundo dados do Portal da Transparência do MP goiano.
“Eu tenho dó dos promotores que estão iniciando aqui a carreira. Promotores que têm filhos na escola, porque o custo de vida é muito caro”, afirmou a procuradora. “Pensemos nos promotores. Eu sou uma mulher. Graças a Deus meu marido é independente, porque eu não mantenho minha casa. Meu dinheiro é só pra eu fazer minhas vaidades. Só para os meus brincos, minhas pulseiras e meus sapatos”, ostentou.
Carla é filha do ex-procurador-geral de Justiça Carlos de Souza. Segundo ela, a família passou por diversas dificuldades quando o pai começou na carreira de promotor tendo que, inclusive, economizar gasolina. “Meu pai descia com o Caravan dele de ponto morto para economizar a gasolina. Isso é uma verdade, é triste, mas foi o que eu passei”, lamentou a pobre procuradora.
Procuradora reclama do salário no MP de Goiás. “O meu dinheiro é só ‘pra mim fazer’ minhas vaidades”.
Filha de promotor, Carla Fleury contou dificuldades que teria passado na infância.
“Meu pai descia com a Caravan
dele em ponto morto para economizar a gasolina. É triste, mas… pic.twitter.com/uSouYwWxMy— Metrópoles (@Metropoles) May 31, 2023