Em editorial publicado nesta quarta-feira (21), o jornal O Estado de S. Paulo chamou de “conversa fiada” as lives semanais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O jornal criticou o modelo de lives, adotado por Lula, classificando-o como método “populista” e ruim “por si só”, pois protege o presidente de “perguntas incômodas que lhe seriam feitas por jornalistas profissionais e independentes”. O veículo afirma que as transmissões são um misto de “desinformação, propaganda de atos do governo, autopromoção e uso do aparato estatal”.
“O petista, como se não fosse presidente e como se estivesse com amigos numa mesa de bar, sem responsabilidade nenhuma, se apropriou de uma transmissão viabilizada por recursos públicos para difundir suas teorias sobre Bolsonaro. (…) Ora, como presidente, não cabe a Lula fazer esse tipo de acusação. Afinal, a eventual responsabilidade de Bolsonaro pelo infame 8 de Janeiro é objeto de investigação pela Polícia Federal (PF) que ainda está em andamento. A natureza de Lula, porém, sempre fala mais alto do que atributos mínimos esperados de um presidente da República, como temperança, decoro e institucionalidade”, afirmou o jornal.