Da Redação
Por 5 votos a 2, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível nesta sexta-feira (30). A Corte absolveu o general Braga Netto, candidato a vice na chapa.
A ação foi movida pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) contra Bolsonaro por uso indevido dos meios de comunicação e abuso de poder político pela reunião com embaixadores na qual questionou o sistema eleitoral, em julho de 2022.
Os ministros que votaram para condenar o ex-presidente foram: Benedito Gonçalves, Floriano Marques, André Tavares, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes, que é o presidente da Corte e, portanto, último a declarar o voto. Já os ministros Raul Araújo e Nunes Marques divergiram da maioria.
Em seu voto, o ministro Raul Araújo Filho alegou que a “a intensidade do comportamento concretamente imputado à reunião de 18/07/2022 não foi tamanha a ponto de justificar a medida extrema da inelegibilidade”.
Com o resultado, Bolsonaro se torna o segundo ocupante do Palácio do Planalto a ter os direitos políticos cassados desde a redemocratização, em 1985. Antes dele, apenas Fernando Collor de Mello, o primeiro presidente eleito por voto direto após o fim da ditadura militar, foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).